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Putin envia carta a Kim Jong Un e elogia participação da Coreia do Norte na guerra contra a Ucrânia

Inteligência estima que Pyongyang enviou mais de 10 mil soldados para apoiar Moscou

Vladimir Putin e Kim Jong Un: presidente russo elogia tropas da Coreia do Norte que lutam na Ucrânia (GAVRIIL GRIGOROV/POOL/AFP/Getty Images)

Vladimir Putin e Kim Jong Un: presidente russo elogia tropas da Coreia do Norte que lutam na Ucrânia (GAVRIIL GRIGOROV/POOL/AFP/Getty Images)

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Agência de notícias

Publicado em 15 de agosto de 2025 às 07h20.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, elogiou as tropas da Coreia do Norte enviadas para combater na Ucrânia, que chamou de "heroicas" em uma carta enviada ao líder Kim Jong Un, informou a imprensa estatal norte-coreana nesta sexta-feira.

Em mensagem pelo aniversário da libertação da Coreia do domínio japonês, Putin recordou como as unidades do Exército Vermelho soviético e as forças norte-coreanas lutaram juntas para encerrar a ocupação colonial.

Mensagem de Putin a Kim Jong Un

"Os laços de amizade militante, boa vontade e ajuda mútua que se consolidaram nos dias da guerra, há muito tempo, continuam sólidos e confiáveis até hoje", afirmou o presidente russo no texto divulgado pela imprensa estatal da Coreia do Norte.

"Isto foi plenamente demonstrado com a participação heroica dos soldados da Coreia do Norte na libertação do território da região de Kursk dos ocupantes ucranianos", acrescentou, segundo a agência norte-coreana KCNA.

"O povo russo conservará para sempre a memória de sua coragem e sacrifício", concluiu Putin.

Aliança militar entre Rússia e Coreia do Norte

Rússia e Coreia do Norte intensificaram seus vínculos nos últimos anos. Em 2024, os dois países assinaram um pacto de defesa mútua durante a visita de Putin a Pyongyang.

Em abril, a Coreia do Norte confirmou pela primeira vez o envio de um contingente de soldados para a frente de batalha na Ucrânia, ao lado das tropas russas.

Agências de inteligência da Coreia do Sul e de países ocidentais estimam que Pyongyang enviou mais de 10 mil militares para a região russa de Kursk em 2024, além de projéteis de artilharia, mísseis e sistemas de foguetes de longo alcance.

Segundo Seul, quase 600 soldados norte-coreanos morreram e milhares ficaram feridos na guerra.

 

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