Mundo

Putin é recebido em Paris sob protestos

Os manifestantes se concentraram na ponte Alexandre III para protestar contra a visita do líder

Ainda segundo a ONG, até o momento, Putin não só é responsável pela "decadência dramática" das liberdades públicas em seu país há mais de uma década (AFP/ Sergei Supinsky)

Ainda segundo a ONG, até o momento, Putin não só é responsável pela "decadência dramática" das liberdades públicas em seu país há mais de uma década (AFP/ Sergei Supinsky)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de junho de 2012 às 16h32.

Paris - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, foi recebido nesta sexta-feira sob protestos de ativistas de vários países e organizações em Paris, onde deve participar de um jantar de trabalho com o chefe de Estado francês, François Hollande.

Os manifestantes se concentraram na ponte Alexandre III para protestar contra a visita do líder culpado, segundo eles, de praticar e estimular um modelo político de repressão e de censura dos direitos humanos, ressaltou a Repórteres Sem Fronteiras (RSF), uma das organizações participantes.

A ONG defendeu, em comunicado, que Putin "tem agora a possibilidade de romper com o sistema repressivo construído durante seus dois primeiros mandatos em 2000 e 2008", e lembrou o clima de contestação social "sem precedentes" na Rússia.

No protesto, com gritos como "Putin, Bashar: basta de repressão" e "Não ao veto sobre os direitos humanos", a Repórteres Sem Fronteiras pediu ao presidente que "escute as reivindicações de democratização da sociedade russa e que deixe de aprovar os países mais repressivos do planeta".

Ainda segundo a ONG, até o momento, Putin não só é responsável pela "decadência dramática" das liberdades públicas em seu país há mais de uma década como, "graças à cumplicidade de Moscou, os massacres prosseguem na Síria e a repressão continua no Irã".

A entidade acrescentou que desde o início da revolta na Síria, há 14 meses, a Rússia foi a grande defensora de Bashar al Assad, e boicotou até o momento as tentativas da comunidade internacional de pressionar em prol do fim da violência no país por parte das forças do governo.

Além disso, a RSF destacou que desde a revolução islâmica no Irã, em 1979, Moscou é também a principal aliada do regime dos aiatolás. 

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaEuropaPolítica no BrasilPolíticosProtestosRússiaVladimir Putin

Mais de Mundo

Chefe da Otan se reuniu com Donald Trump nos EUA

Eleições no Uruguai: 5 curiosidades sobre o país que vai às urnas no domingo

Quais países têm salário mínimo? Veja quanto cada país paga

Há chance real de guerra da Ucrânia acabar em 2025, diz líder da Conferência de Segurança de Munique