Moscou - Os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da França, François Hollande, defenderam nesta quinta-feira a criação de uma ampla coalizão para acabar com a ameaça jihadista.
"Vemos que o senhor dedica uma grande atenção e muitos esforços à criação de uma ampla coalizão antiterrorista. Estamos dispostos a trabalhar conjuntamente, mais ainda, considero isso absolutamente necessário. Nossas posturas coincidem", afirmou Putin no início da reunião entre os dois presidentes no Kremlin.
"A Rússia sofreu grandes perdas como resultado do horrível atentado terrorista contra um avião civil. Tudo isso nos obriga a reunir esforços contra o inimigo comum", completou o líder russo, se referindo à queda da aeronave da companhia Metrojet na Península do Sinai, com 224 pessoas a bordo, e também aproveitando para expressar suas condolências pelos atentados de Paris.
Por sua vez, o Hollande afirmou que "chegou a hora de assumir a responsabilidade pelo ocorrido". "Exatamente por isso estou aqui hoje em Moscou, para que juntos possamos encontrar uma forma de coordenar nossas ações para lutar de maneira eficaz contra o inimigo comum", destacou o presidente francês.
Desde seu discurso no final de setembro na Assembleia-Geral da ONU, Putin insiste na necessidade de criar uma amplia coalizão antiterrorismo para acabar com o Estado Islâmico (EI).
Além disso, reitera aos países ocidentais que o inimigo comum é o jihadismo e não o presidente sírio, Bashar al Assad, cuja renúncia é exigida pelos Estados Unidos, União Europeia, Turquia e Arábia Saudita. Rússia e Irã, pelo contrário, defendem que uma solução política para o conflito deve ter a participação de Assad.
Hollande chegou à Rússia após um tour no qual conseguiu que a Alemanha e o Reino Unido se comprometessem a ter um maior envolvimento contra o EI. O presidente dos EUA, Barack Obama, porém, reiterou que Moscou deve dar um "giro estratégico" e atacar mais ativamente o EI, em vez de "martelar os rebeldes e fortalecer Assad".
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1. Violência e sofrimento
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São Paulo – Em 2014, o mundo perdeu 32.658 mil vidas em decorrência do
terrorismo, um crescimento de 80% em relação ao que foi observado em 2013 e o maior nível já registrado. Mas embora o terrorismo esteja deixando o seu rastro de violência, no âmbito global, ele ainda
mata 13 vezes menos que o
homicídio. As constatações são do
Global Terrorism Index 2015 (GTI), estudo anual do Instituto de Economia e Paz, organização que avalia os impactos econômicos da violência, divulgado nesta terça-feira, dias depois dos
ataques do Estado Islâmico (
EI) em
Paris, França. A pesquisa revelou que é o EI,
que atua principalmente na Síria e no Iraque, e o
Boko Haram, cujas atividades
concentram-se na Nigéria, os responsáveis por 51% dessas mortes. A maioria dos casos (78%) aconteceu em cinco países (Afeganistão, Iraque, Nigéria, Paquistão e Síria). O GTI nota, contudo, que o terrorismo está se espalhado pelo mundo. Em 2013, atividades foram registradas em 59 países. Em 2014, esse número subiu para 67, incluindo Áustria, Austrália, Bélgica, Canadá e França. A edição 2015 do estudo investigou os padrões de atividades terroristas em 162 países a partir do total de incidentes registrados em 2014, o número de mortes, o número de feridos e os danos patrimoniais decorrentes dos atos. Com base nisso, classificou os países de acordo com os impactos do terror. Quanto mais próxima de dez for a pontuação, mais afetado é o local. Confira nas imagens quais são os 25 mais impactados.
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2. Iraque
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3. Afeganistão
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3/27 (REUTERS/Medecins Sans Frontieres/Handout)
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4. Nigéria
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4/27 (Afp.com / Pius Utomi Ekpei)
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5. Paquistão
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5/27 (Reuters)
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6. Síria
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6/27 (Bassam Khabieh / Reuters)
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7. Índia
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7/27 (Reuters/STRINGER/INDIA)
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8. Iêmen
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8/27 (REUTERS/Khaled Abdullah)
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9. Somália
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9/27 (Omar Faruk/Reuters)
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10. Líbia
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10/27 (Esam Omran Al-Fetori/Reuters)
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11. Tailândia
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11/27 (REUTERS/Athit Perawongmetha)
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12. Filipinas
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12/27 (Erik De Castro/Reuters)
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13. Ucrânia
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13/27 (Reuters)
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14. Egito
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14/27 (AFP)
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15. República Centro-Africana
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15/27 (Ivan Lieman/AFP/Getty Images)
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16. Sudão do Sul
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16/27 (REUTERS/Goran Tomasevic)
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17. Sudão
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17/27 (EBRAHIM HAMID/AFP/Getty Images)
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18. Colômbia
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18/27 (Pedro Ugarte/AFP)
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19. Quênia
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19/27 (Getty Images)
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20. República Democrática do Congo
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20/27 (Luc Gnago/Reuters)
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21. Camarões
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21/27 (Ali Kaya/AFP)
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22. Líbano
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22/27 (Khalil Hassan/ Reuters)
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23. China
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23/27 (Goh Chai Hin/AFP)
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24. Rússia
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24/27 (AFP)
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25. Israel
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25/27 (REUTERS/Ammar Awad)
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26. Bangladesh
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26/27 (REUTERS/Stringer)
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27. Agora veja as homenagens às vítimas do ataque em Paris
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27/27 (Reuters)