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Putin e Biden poderão se reunir em junho, segundo conselheiro do Kremilin

Tensões entre Moscou e Washington estão elevadas devido aos desacordos sobre a Ucrânia, acusações de espionagem, interferência eleitoral e ciberataques

Joe Biden e Vladimir Putin. (AFP/AFP Photo)

Joe Biden e Vladimir Putin. (AFP/AFP Photo)

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GabrielJusto

Publicado em 25 de abril de 2021 às 12h48.

Os presidentes russo, Vladimir Putin, e americano, Joe Biden, poderão se reunir "em junho", indicou neste domingo um conselheiro do Kremlin, Yuri Ushakov, afirmando que "datas concretas" estão sendo discutidas. 

Em meados de abril, Biden propôs em uma conversa telefônica com Putin se reunir neste verão (boreal) em um país neutro, com o objetivo de estabilizar as relações entre as potências rivais. Apesar de Moscou expressar seu interesse por esta proposta, até agora não anunciou uma decisão concreta com relação a esse possível encontro.

"Há datas (...), não as vou revelar, mas será em junho", disse Ushakov durante uma entrevista na rede de televisão pública Rossia 1.

O presidente americano prevê realizar sua primeira viagem ao exterior em meados de junho, ao Reino Unido e depois à Bélgica, para as cúpulas do G7 e da Otan e uma reunião com os dirigentes da União Europeia (UE). De acordo com um comunicado da Casa Branca, em breve mais detalhes serão fornecidos sobre esta viagem, "em particular com relação a possíveis elementos complementares".

A formulação desatou imediatamente especulações em Washington sobre um possível encontro com Vladimir Putin. Finlândia e Áustria tem manifestado sua disposição em serem anfitriões do encontro.

As tensões entre Moscou e Washington são elevadas, devido aos desacordos sobre a Ucrânia, à situação do opositor russo Alexei Navalny e às acusações de espionagem, interferência eleitoral e ciberataques imputados a Moscou. Os Estados Unidos adotaram na quinta-feira passada novas sanções contra a Rússia, incluindo a expulsão de dez diplomatas russos e restrições para a compra da dívida russa aos bancos americanos.

A Rússia respondeu expulsando 10 diplomatas americanos, ameaçando o sustento de ONGs financiadas por Washington em seu território e com o veto de viagem ao país de vários membros do governo Biden. O embaixador americano John Sullivan retornou esta semana a Washington para "consultas" no contexto destas fortes retaliações.

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