Presidente russo Vladimir Putin participa de uma cerimônia no túmulo do soldado desconhecido na véspera do Dia da Vitória, em Moscou (Alexei Druzhinin/RIA Novosti)
Da Redação
Publicado em 8 de maio de 2013 às 14h01.
Moscou - O presidente russo, Vladimir Putin, disse nesta quarta-feira que a Rússia precisa fortalecer suas defesas no sul e trabalhar com seus aliados na Ásia Central para se proteger da violência de extremistas que emerge no <a href="https://exame.com/noticias-sobre/afeganist%C3%A3o" target="_blank"><strong>Afeganistão</strong></a>.</p>
Putin disse durante reunião de seu Conselho de Segurança que as forças dos Estados Unidos e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) "ainda não atingiram avanço significativo na luta contra terroristas e grupos radicais" no Afeganistão e que esses grupos tornaram-se mais ativos recentemente.
"Precisamos fortalecer nosso sistema de segurança na área estratégica do sul, incluindo seu componente militar", disse Putin, acrescentando que a Rússia terá que trabalhar com os países de duas alianças regionais, uma das quais inclui a China.
A Rússia, que apoiou a invasão liderada pelos EUA do Afeganistão em 2001, expressou preocupações de que as ameaças à sua segurança podem aumentar após a planejada retirada da maioria das forças de combate estrangeiras do Afeganistão até o final de 2014.
"Há toda razão para acreditar que, num futuro próximo, vamos enfrentar uma piora na situação. O terrorismo internacional e grupos radicais não escondem seus planos de exportar instabilidade", disse Putin.
Ele também disse que "forças internacionais não fizeram praticamente nada para pôr fim a produção de drogas no Afeganistão" e ignoraram as propostas russas, numa aparente referência aos seus pedidos de mais esforços para erradicar as plantações de papoula, usada na fabricação de heroína.
A Rússia é um dos maiores consumidores per capita de heroína do mundo, e o vício e as mortes causadas pelo consumo de drogas e Aids por uso compartilhado de agulhas contribuem para uma redução da população do país desde o colapso da União Soviética em 1991.