Putin: presidente da Rússia mostrou intenção em se candidatar novamente em 2024. (Mikhail Klimentyev/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 8 de dezembro de 2023 às 11h35.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta sexta-feira que concorrerá às eleições presidenciais marcadas para março de 2024, dizendo que "não há outro caminho" a não ser disputar a votação. Reeleito em 2018, o mandato do líder russo acabaria em 2024. A princípio, ele não poderia tentar a reeleição.
— Eu tive pensamentos diferentes em momentos diferentes, mas este é um momento em que uma decisão tem que ser tomada — disse Putin após uma cerimônia de premiação para o pessoal do exército no Kremlin, confirmando: —Vou me candidatar ao cargo de presidente da Federação Russa.
O Conselho da Federação, a Câmara Alta do Parlamento da Rússia, decidiu nesta quinta-feira, 7, que as próximas eleições presidenciais no país acontecerão em 17 de março de 2024.
Em uma reunião exibida ao vivo pela televisão pública, os senadores definiram a data por unanimidade, "uma decisão que praticamente inicia a campanha presidencial", afirmou a presidente do Conselho da Federação, Valentina Matvienko.
As eleições "serão uma espécie de culminação da reunificação" com a Rússia das regiões ucranianas de Luhansk, Donetsk, Kherson e Zaporizhzhia, das quais Moscou anunciou a anexação, acrescentou.
As eleições acontecerão pouco depois do segundo aniversário do início da ofensiva russa na Ucrânia, que começou em fevereiro de 2022 e provocou uma série de sanções sem precedentes contra a Rússia.
"Apesar das circunstâncias externas difíceis e das tentativas do inimigo de enfraquecer a Rússia, permanecemos fiéis aos nossos principais valores constitucionais e garantimos todos os direitos e liberdades dos cidadãos", declarou Matvienko. "Nossos cidadãos estão mais unidos do que nunca" com o governo do presidente Vladimir Putin. "O trabalho do Estado é mostrar-se digno desta confiança, impedir qualquer provocação", acrescentou.
Putin ainda não é oficialmente candidato para um novo mandato, mas a reforma constitucional de 2020 permite que ele concorra novamente. Ele pode permanecer no poder até 2036.
(Com Agência O Globo e AFP)