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Putin diz que administração Obama divide o país e "se rebaixa"

Segundo o líder russo, Democratas "perdem em todas as frentes, mas buscam culpados no exterior"

Vladimir Putin: "Tudo isto demonstra que a atual Administração sofre problemas estruturais" (Sergei Karpukhin/Files/Reuters)

Vladimir Putin: "Tudo isto demonstra que a atual Administração sofre problemas estruturais" (Sergei Karpukhin/Files/Reuters)

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EFE

Publicado em 23 de dezembro de 2016 às 14h33.

Moscou - Depois de transferir seu pronunciamento de ontem para hoje por conta do velório do embaixador russo assassinado na Turquia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, fez nesta sexta-feira o seu tradicional encontro anual com a imprensa e afirmou a administração do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, divide à nação e se rebaixa ao pedir que os eleitores votem contra Donald Trump.

"A atual administração (dos Estados Unidos) divide à nação. Pedir aos eleitores para que não votem no presidente eleito (Donald Trump) é um passo para a divisão da nação", disse o chefe do Kremlin.

Durante a entrevista, que durou cerca de quarto horas, ele ressaltou que, apesar da tentativa, o Partido Democrata saiu perdendo, já que quatro de seus delegados votaram contra a candidatura de Hillary Clinton, enquanto que só dois dos que deviam votar em Trump não cumpriram com sua obrigação.

"Perdem em todas as frentes, mas buscam culpados no exterior. Isso rebaixa sua própria dignidade", apontou o presidente russo.

O Partido Democrata "não só perdeu o pleito presidencial, mas também no Senado e no Congresso, onde os republicanos têm maioria. Isto também é obra minha?", ironizou, se referindo às acusações que o responsabilizaram diretamente de hackear os democratas.

"Tudo isto demonstra que a atual Administração sofre problemas estruturais" e a elite do Partido Democrata não entende a situação real, afirmou Putin. Trump, ao contrário, "soube captar os ânimos da sociedade americana".

"Ninguém, além de nós, acreditava na sua vitória", enfatizou o presidente russo.

E avaliou positivamente o dado que revelou que 37% dos eleitores do Partido Republicano simpatizam com o líder russo.

"Não atribuo isso a minha pessoa. Acho que isso significa que uma substancial parte da sociedade americana concorda conosco sobre como o mundo deve ser organizado, a que devemos nos dedicar, onde estão os problemas e as ameaças comuns", concluiu.

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