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Putin culpa Ucrânia pelo fracasso de negociações

A afirmação de Putin foi feita em um momento que o governo da Ucrânia propõe revogar uma lei que proíbe a participação em blocos militares e se dirige à Otan


	Vladimir Putin: "autoridades ucranianas devem ser forçadas a iniciar conversações"
 (Yuri Kochetkov/Reuters)

Vladimir Putin: "autoridades ucranianas devem ser forçadas a iniciar conversações" (Yuri Kochetkov/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2014 às 10h55.

Moscou - O presidente russo, Vladimir Putin, acusou Kiev e seus aliados de apoiar as negociações de paz apenas como uma cortina de fumaça para permitir que a Ucrânia continue suas operações militares.

As esperanças de uma solução diplomática para a crise têm diminuído significativamente nos últimos dias. A afirmação de Putin foi feita em um momento que o governo da Ucrânia propõe revogar uma lei que proíbe a participação em blocos militares e se move em direção para aderir à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

A Rússia considera esta aproximação uma ameaça aos seus interesses.

"Autoridades ucranianas devem ser forçadas a iniciar conversações substanciais", disse Putin em um fórum no noroeste da Rússia. Ele não especificou como isso iria acontecer, mas acusou Kiev e países do Ocidente de apoiar as negociações apenas se Kiev puder "atirar um pouco antes."

Em linguagem dura, Putin comparou as táticas das forças ucranianas àquelas usadas pelos nazistas na invasão da Rússia, ao rodear cidades com artilharia e bombardear alvos civis. Kiev nega essas alegações.

Putin também disse que "entende" a posição dos rebeldes que lutam no leste, chamando a campanha de uma "operação militar humanitária" que visa proteger alvos civis.

Ele não abordou especificamente as alegações de Kiev e do Ocidente de que as tropas russas estão lutando no leste da Ucrânia. Ele disse apenas que as violações de fronteira por militares aconteceram em ambos os lados e são uma questão "técnica".

A Otan diz que mais de 1.000 soldados russos estão lutando na Ucrânia ao lado de rebeldes separatistas pró-Moscou. Fonte: Dow Jones Newswires.

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