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Putin critica ideias pró-LGTB e diz que progressismo "já era"

Para o líder russo, ideais de liberdade sexual e de gênero são impostos às pessoas, contra a vontade da maioria

Putin: presidente da Rússia criticou a liberdade sexual e de gênero (Alexander Zemlianichenko/Pool/Reuters)

Putin: presidente da Rússia criticou a liberdade sexual e de gênero (Alexander Zemlianichenko/Pool/Reuters)

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AFP

Publicado em 29 de junho de 2019 às 14h42.

O presidente russo, Vladimir Putin, denunciou neste sábado (29) ideais de liberdade sexual e de gênero que, segundo ele, são impostos às pessoas, contra a vontade da maioria.

"Em alguns países europeus, dizem aos pais que suas filhas não podem mais usar saia na escola. O que é isso?", questionou Putin durante coletiva de imprensa, após uma cúpula de G20 em Osaka, no Japão.

"Esta ideia progressista já começa a ser superada", considerou o presidente russo, que na véspera tinha afirmado, em uma entrevista publicada no Financial Times, que o progressismo "já era". "Agora, existe todo tipo de coisas: inventamos cinco ou seis gêneros [...], eu nem entendo o que é isso", acrescentou.

"O problema é que esta parte da sociedade, bastante agressiva, impõe seu ponto de vista à grande maioria" das pessoas, afirmou. Eles "impõem um certo tipo de educação sexual na escola, os pais não querem, mas não perguntam sua opinião", acrescentou.

Segundo ele, "isso pode explicar o fenômeno Trump, sua vitória, o fato de que as pessoas descontentes saiam às ruas nos países ocidentais".

Na Rússia, "temos uma atitude muito tranquila em relação à comunidade LGTB", declarou. "Temos uma lei criticada por todo o mundo, a lei que proíbe a propaganda homossexual para menores", lembrou.

"Mas, escutem, deixem que a pessoa cresça, se torne adulta e aí decida o que quer ser", declarou Putin.

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