Mundo

Putin anuncia convocação de 300 mil reservistas e passagens para fora da Rússia esgotam

Governo russo faz primeira mobilização em massa desde a Segunda Guerra Mundial; Kremlin prefere não responder se fronteiras poderão ser fechadas

Guerra na Ucrânia: Putin decide convocar 300 mil reservistas (Sergei Chuzavkov/SOPA Images/LightRocket via Getty Images/Getty Images)

Guerra na Ucrânia: Putin decide convocar 300 mil reservistas (Sergei Chuzavkov/SOPA Images/LightRocket via Getty Images/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de setembro de 2022 às 11h38.

Última atualização em 21 de setembro de 2022 às 13h05.

As passagens para fora da Rússia começaram a esgotar nesta quarta, 21, depois que o presidente Vladimir Putin decidiu convocar 300 mil reservistas, que devem se apresentar prontamente. O anúncio foi feito por Putin durante pronunciamento em rede nacional nesta quarta. O governo russo frisou que o chamado é apenas para reservistas que já serviram nas forças armadas, mas a população passou a temer um chamamento em massa.

Quer receber os fatos mais relevantes do Brasil e do mundo direto no seu e-mail toda manhã? Clique aqui e cadastre-se na newsletter gratuita EXAME Desperta.

Os voos diretos de Moscou para a Turquia e a Armênia, países que não exigem visto para os russos, já estão esgotados. De acordo com a Turkish Airlines, não há mais passagens disponíveis para a Turquia até este domingo, 25. Os bilhetes mais baratos para outros destinos, como Dubai, acabaram. As passagens para os Emirados Árabes custam agora a partir de 5 mil dólares, enquanto os voos para a Turquia estão cotados a 1.150 dólares, quase o triplo do preço normal, segundo o Google Flights.

Há a preocupação de que as fronteiras sejam fechadas para impedir a saída de reservistas. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que preferia não comentar o assunto durante coletiva de imprensa realizada nesta quarta. "Não posso responder questões a esse respeito, mas há mecanismos legais para isso", disse.

A mobilização de reservistas é vista como uma escalada da guerra na Ucrânia em um momento em que a Rússia tenta recuperar território diante de avanços das tropas ucranianas. Trata-se da primeira convocação em massa desde a Segunda Guerra Mundial.

Nos próximos dias, devem ser realizados referendos em regiões da Ucrânia controladas por tropas russas a respeito da anexação à Rússia. A votação deve acontecer em Donetsk e Luhansk, territórios separatistas, e em Kherson e Zaporizhzhia. As áreas correspondem a 15% do território ucraniano. Os países ocidentais condenaram o referendo.

VEJA TAMBÉM: 

 

 

 

 

Acompanhe tudo sobre:GuerrasRússiaUcrânia

Mais de Mundo

Yamandú Orsi, da coalizão de esquerda, vence eleições no Uruguai, segundo projeções

Mercosul precisa de "injeção de dinamismo", diz opositor Orsi após votar no Uruguai

Governista Álvaro Delgado diz querer unidade nacional no Uruguai: "Presidente de todos"

Equipe de Trump já quer começar a trabalhar em 'acordo' sobre a Ucrânia