Rússia: o motim do grupo Wagner abalou o governo da Rússia, envolvido com a guerra na Ucrânia. (AFP/AFP)
Agência de notícias
Publicado em 14 de julho de 2023 às 08h38.
Última atualização em 14 de julho de 2023 às 09h34.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que propôs ao líder do grupo Wagner, Yevgueni Prigozhin, que seus combatentes servissem sob a autoridade oficial de outro comando, mas que ele rejeitou a oferta após o motim fracassado do grupo paramilitar.
Em uma entrevista ao jornal russo Kommersant publicada na quinta-feira à noite, Putin se falou sobre uma reunião com Prigozhin e os comandantes do grupo Wagner em 29 de junho no Kremlin.
Os combatentes do grupo Wagner "poderiam ter sido reunidos em um apenas lugar e prosseguir com seu serviço. Nada mudaria para eles, seriam liderados pela pessoa que realmente era seu comandante todo este tempo", disse Putin.
O Kommersant explica que a pessoa citada é um comandante do grupo Wagner conhecido como "Sedoy" (cabelo grisalho), que segundo Putin foi quem realmente liderou os paramilitares na frente de batalha ucraniana durante os últimos 16 meses.
O presidente russo afirmou que muitos participantes na reunião "concordaram" com a proposta, mas que Prigozhin não aceitou a solução. O motim do grupo Wagner abalou o governo da Rússia, envolvido com a guerra na Ucrânia.
Durante a rebelião, os combatentes do grupo Wagner ocuparam durante várias horas o quartel-general do exército na cidade de Rostov, sul da Rússia, e avançaram centenas de quilômetros na direção de Moscou.
O motim terminou em 24 de junho, com um acordo para que Prigozhin viajasse para Belarus e uma proposta para que os combatentes do grupo Wagner integrassem o exército oficial, aceitassem o exílio em Belarus ou retornassem à vida civil.