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Putin afirma que contraofensiva da Ucrânia 'não teve sucesso'

Esforços ucranianos esbarram em uma ampla linha de defesa montada pelos russos

Vladimir Putin discursa à nação na televisão estatal, em Moscou, 26 de junho de 2023 (AFP/AFP)

Vladimir Putin discursa à nação na televisão estatal, em Moscou, 26 de junho de 2023 (AFP/AFP)

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Agência de notícias

Publicado em 16 de julho de 2023 às 09h24.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que a contraofensiva do exército ucraniano, iniciada em junho, não teve sucesso diante da resistência da defesa aérea russa no leste e sul da Ucrânia.

"Todas as tentativas do inimigo de romper nossas defesas (...) não tiveram sucesso desde que a ofensiva começou. O inimigo não teve sucesso", declarou Putin em uma entrevista ao canal Rossia-1 exibida neste domingo.

O presidente russo também considerou que situação é "positiva" para as forças russas mobilizadas no território ucraniano.

"Nossas tropas estão atuando de forma heroica. E de maneira inesperada para o adversário, elas estão até mesmo partindo para a ofensiva em certos setores e capturando posições mais vantajosas", declarou o chefe de Estado russo.

Contraofensiva da Ucrânia

A Ucrânia iniciou sua aguardada contraofensiva no mês passado, depois de acumular armas fornecidas pelo Ocidente e reforçar suas capacidades de ataque.

Na sexta-feira, no entanto, o chefe do gabinete da presidência ucraniana, Andrii Yermak, admitiu que a operação "atualmente não avança tão rápido".

A contraofensiva de Kiev avança de maneira lenta diante de tropas russas que tiveram tempo de estabelecer defesas sólidas, incluindo campos repletos de minas, e que ainda possuem um poder de fogo significativo para atacar as forças ucranianas.

Neste domingo, 16, o Estado-Maior ucraniano anunciou operações de ataque em curso na direção de Melitopol e Berdiansk, duas cidades ocupadas pela Rússia no sul da Ucrânia.

Ao mesmo tempo, o ministério da Defesa da Rússia afirmou que neutralizou 10 drones ucranianos lançados a partir da península anexada da Crimeia, perto de Sebastopol, quartel-general da frota russa no Mar Negro.

Em um comunicado, o ministério afirmou que derrubou dois drones com sua defesa antiaérea e desativou outros cinco graças aos sistemas de interferência.

A nota também cita a destruição de dois drones navais do exército ucraniano, embarcações que operam sem tripulação.

O governador russo de Sebastopol, Mikhail Razvozhayev, informou no Telegram que o 10º drone foi neutralizado sobre o Mar Negro com sistemas de interferência eletrônica.

Bombas de fragmentação

Na entrevista ao canal Rossia-1, o presidente russo afirmou ainda que o exército do país tem uma "boa reserva" de bombas de fragmentação, ameaçando recorrer ao armamento caso Kiev utilize este tipo de bomba fornecido pelos Estados Unidos.

Washington anunciou que fornecerá ao exército ucraniano este tipo de arma, de uso muito polêmico, uma vez que as cargas dispersadas podem provocar muitas vítimas colaterais civis.

"Na Rússia há uma boa reserva de bombas de fragmentação, de diferentes tipos", disse Putin na entrevista.

"Até agora não as utilizamos, apesar de, em algum momento, ter faltado munição", acrescentou. "Mas se forem utilizadas contra nós, nos reservamos o direito de adotar represálias".

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