"Estou preocupado. Digo isso sem ironia ou brincadeira, o presidente da Rússia, Vladimir Putin Existe um grande potencial de conflito que está crescendo (...), o conflito que estamos vivenciando na Ucrânia, o que está acontecendo no Oriente Médio e, claro, estamos muito preocupados com o que está acontecendo em torno das instalações nucleares do Irã", disse (Gavriil Grigorov / POOL/AFP)
Agência de Notícias
Publicado em 20 de junho de 2025 às 15h30.
Última atualização em 20 de junho de 2025 às 15h48.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, admitiu nesta sexta-feira estar "muito preocupado" com a possível eclosão de uma terceira guerra mundial devido à situação em torno da Ucrânia e das instalações nucleares do Irã.
"Estou preocupado. Digo isso sem ironia ou brincadeira. Existe um grande potencial de conflito que está crescendo (...), o conflito que estamos vivenciando na Ucrânia, o que está acontecendo no Oriente Médio e, claro, estamos muito preocupados com o que está acontecendo em torno das instalações nucleares do Irã", disse durante o Fórum Econômico Internacional, em São Petersburgo, em um discurso transmitido ao vivo pela televisão.
Todos esses conflitos "exigem não apenas nossa atenção (...), mas também a busca de soluções, de decisões, de preferência por meios pacíficos. Digo isso com absoluta sinceridade", afirmou.
Em relação ao Irã, assegurou que Moscou cumpre todos os seus compromissos com a nação persa, mas descartou o envolvimento russo na guerra ao lado de Teerã.
"Sempre cumprimos nossos compromissos, e o mesmo se aplica às relações russo-iranianas. Apoiamos o Irã na luta por seus interesses legítimos, incluindo sua luta por um programa nuclear pacífico", afirmou.
Ao mesmo tempo, criticou aqueles que acreditam que a Rússia deveria "ter feito mais".
"O que mais deveríamos fazer? Iniciar algum tipo de operação militar, ou o quê?", questionou, acrescentando que o Kremlin "tem suas próprias operações militares contra aqueles que consideramos inimigos das ideias que defendemos e contra aqueles que representam ameaças à Rússia".