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Putin admite erros em sistema de exame antidoping na Rússia

No entanto, o chefe do Kremlin reiterou que na Rússia "nunca existiu e nunca existirá um sistema estatal de apoio ao doping"

Vladimir Putin: o presidente expressou sua confiança de que o Comitê de Instrução da Rússia levará suas investigações até o fim para descobrir todos os culpados (Sputnik/Aleksey Nikolskyi/Kremlin/Reuters)

Vladimir Putin: o presidente expressou sua confiança de que o Comitê de Instrução da Rússia levará suas investigações até o fim para descobrir todos os culpados (Sputnik/Aleksey Nikolskyi/Kremlin/Reuters)

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EFE

Publicado em 1 de março de 2017 às 09h28.

Moscou - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, admitiu nesta quarta-feira que aconteceram erros no sistema de exame antidoping no país, mas reiterou que nunca existiu um apoio institucional do Estado ao doping.

"O sistema de exame antidoping que tínhamos não funcionou, e é nossa culpa. Temos que admiti-lo e dizê-lo abertamente", disse Putin em Krasnoyarsk, citado por veículos de imprensa locais, em reunião sobre os preparativos da Universíade de Inverno 2019, que acontecerá nessa cidade siberiana.

O chefe do Kremlin expressou sua confiança de que o Comitê de Instrução da Rússia levará suas investigações até o fim para descobrir todos os culpados dos casos de doping.

Ao mesmo tempo, Putin reiterou que na Rússia "nunca existiu e nunca existirá um sistema estatal de apoio ao doping".

Em 7 dezembro do ano passado, o Comitê Olímpico Internacional (COI) ampliou as sanções por doping de Estado contra a Rússia adotadas após a publicação da primeira parte do relatório McLaren, a pedido da Agência Mundial Antidoping (Wada, sigla em inglês), que revelou a existência no país de sistema de doping com participação de instituições estatais.

O escândalo de doping levou a Associação Internacional de Federações de Atletismo a proibir a participação da equipe de atletismo da Rússia nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

De acordo com a segunda parte do relatório McClaren, publicada no fim do ano passado, são mais de mil atletas russos envolvidos em casos de doping.

Na semana passada, o COI informou que a Wada admitiu que alguns das exames apresentados pelo relatório McLaren não são consistentes, o que poderia dificultar a abertura de procedimentos disciplinares contra os envolvidos.

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