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Putin acusa Ucrânia de "atrasar" as negociações

Em comunicado, o Kremlin também acrescentou que o presidente russo conversará com o chefe de Estado francês, Emmanuel Macron, durante a tarde de sexta-feira

Putin: a Rússia deseja negociar com a Ucrânia um status de neutralidade e desmilitarização (Alexander NEMENOV/AFP)

Putin: a Rússia deseja negociar com a Ucrânia um status de neutralidade e desmilitarização (Alexander NEMENOV/AFP)

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AFP

Publicado em 18 de março de 2022 às 09h32.

Última atualização em 18 de março de 2022 às 10h11.

O presidente russo, Vladimir Putin, acusou a Ucrânia de "adiar" as negociações para acabar com o conflito e afirmou que as autoridades do país apresentam pedidos "que não são realistas", durante uma conversa com o chanceler alemão, Olaf Scholz.

"O regime de Kiev busca por todos os meios adiar o processo de negociações, apresentando propostas que não são realistas", afirmou o Kremlin em um comunicado que resume a conversa entre os dois governantes. Dmitri Peskov, porta-voz da presidência russa, afirmou à imprensa que a conversa entre os dois foi "dura".

Também acrescentou que o presidente russo conversará com o chefe de Estado francês, Emmanuel Macron, durante a tarde de sexta-feira.

Peskov considerou prematuro falar sobre o acordo que os dois países podem alcançar. "Posso dizer que a delegação russa está mostrando vontade de trabalhar muito mais rápido do que está acontecendo neste momento (...) Infelizmente, a delegação ucraniana não está preparada para acelerar as negociações", disse.

A Rússia deseja negociar com a Ucrânia um status de neutralidade e desmilitarização. As autoridades ucranianas, sem mencionar a neutralidade mas assumindo que não poderão aderir à Otan, exigiram a escolha de países como 'fiadores' de sua segurança, responsável por sua defesa militar em caso de agressão.

A Ucrânia também exige a retirada das forças russas e o respeito de sua integridade territorial. A Rússia já reconheceu a independência de duas regiões separatistas do leste da Ucrânia e anexou a Crimeia há oito anos.

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