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Pussy Riot libertada denuncia manobra para dividir o grupo

Segundo Ekaterina Samousevich, porém, o jogo das autoridades russas fracassou porque o grupo não pensa em mudar suas convicções


	Ekaterina Samousevich, a componente da banda punk Pussy Riot libertada, é vista no tribunal de Moscou: "jamais houve conflito dentro do grupo"
 (Natalia Kolesnikova/AFP)

Ekaterina Samousevich, a componente da banda punk Pussy Riot libertada, é vista no tribunal de Moscou: "jamais houve conflito dentro do grupo" (Natalia Kolesnikova/AFP)

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Da Redação

Publicado em 11 de outubro de 2012 às 14h13.

Moscou - Ekaterina Samousevich, a componente da banda punk Pussy Riot libertada na quarta-feira, denunciou "o jogo" das autoridades russas que buscam, segundo ela, semear a divisão entre as companheiras do grupo que permanecem na prisão.

"O jogo das autoridades começou", declarou Ekaterina Samousevich em entrevista ao canal de televisão REN-TV, que deve ser divulgada no sábado.

No entanto, ela afirmou que essa manobra, que visa a dividir o grupo, fracassou.

"Temos as mesmas convicções e jamais pensamos em mudar. Jamais houve conflito dentro do grupo", enfatizou.

O tribunal libertou Samousevich na véspera, mas confirmou as penas de dois anos de detenção para as outras duas, condenadas por "incitação ao ódio religioso" depois que interpretaram uma "oração punk" contra Vladimir Putin em uma catedral de Moscou.

O presidente do tribunal de apelação municipal de Moscou ordenou a libertação da cantora de 30 anos depois de comutar a pena de dois anos de prisão por uma condicional.

O tribunal levou em consideração a defesa da nova advogada de Samutsevich, que afirmou que a cliente não participou na "oração" ante o altar, pois foi detida 15 segundos depois de entrar na catedral.

As condenações das outras duas jovens, Nadezhda Tolokonnikova (22) e Maria Alyokhina (24), permaneceram inalteradas após o julgamento em apelação.

Os juízes do tribunal, que ofereceram uma coletiva de imprensa nesta quinta, negaram que tivessem sido pressionados pelas autoridades para condenar o grupo.

"Ninguém exerceu nenhuma pressão sobre nós", declarou a juíza Larisa Poliakova.

"Atuamos conforme a lei e segundo nossas convicções internas, insistiu, por sua vez, outro juiz, Yuri Pasiunine.

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