Carles Puigdemont: ele viajou para a Bélgica pouco após Madri tomar o controle do governo regional da Catalunha (Yves Herman/Reuters)
EFE
Publicado em 1 de novembro de 2017 às 07h59.
Haia - O ex-presidente do governo regional (Generalitat) da Catalunha, Carles Puigdemont, "não irá a Madri" na próxima quinta-feira para comparecer à Audiência Nacional por acreditar que "não terá um julgamento justo" na Espanha, disse o advogado do político ao jornal holandês "NOS".
"É bastante óbvio que o meu cliente vai adotar agora a atitude de esperar para ver o que acontece", afirmou o advogado belga, Paul Bekaerts, ao ser perguntado se Puigdemont apresentará à Justiça espanhola.
A Audiência Nacional convocou Puigdemont e outros 13 integrantes do governo catalão para a manhã de quinta-feira, com base em crimes de rebelião, insurreição e desvio de recursos públicos.
A Justiça pode sustentar o pedido de prisão por conta do risco de fuga, dada a gravidade das penas (até 30 anos de prisão por rebelião), e de reiteração delitiva.
Fontes diplomáticas e próximas ao ex-presidente catalão confirmaram na terça-feira à Agência Efe que Puigdemont permanece em Bruxelas, embora cinco membros da delegação catalã que estava na mesma cidade viajaram para Barcelona. Na terça-feira, o político catalão disse que só voltará à Espanha quando tiver "garantias" de um "julgamento justo".