Carles Puigdemont: segundo ele, sua estadia na Bélgica corresponde a uma estratégia de "internacionalizar ao máximo o que está ocorrendo" (La Sexta TV/Reuters)
EFE
Publicado em 7 de novembro de 2017 às 08h37.
Barcelona - O ex-presidente do Governo catalão Carles Puigdemont afirmou nesta terça-feira que está "preparado" para ser extraditado à Espanha e que é consciente que tanto ele como os quatro ex-conselheiros de seu Executivo foragidos à Bélgica podem "acabar em prisões espanholas".
Em entrevista concedida à "Catalunha Rádio" desde a Bélgica, Puigdemont indicou que "em nenhum momento evitamos responsabilidade" e ressaltou que se apresentou "voluntariamente perante a Justiça Belga" após a euro-ordem de detenção ditada pela Audiência Nacional espanhola.
No último dia 30 de outubro foi revelado que Puigdemont e quatro membros de seu antigo Governo estavam na Bélgica, poucas horas depois que o Procurador-Geral do Estado espanhol, José Manuel Maza, anunciou uma denúncia perante a Audiência Nacional por rebelião, insurreição e desvio contra ele e o resto do Gabinete catalão.
Segundo o ex-presidente catalão, sua estadia na Bélgica corresponde a uma estratégia de "internacionalizar ao máximo o que está ocorrendo" na Catalunha, uma causa que segundo sua opinião é "de direitos humanos e de democracia" e que "abre focos que ajudam os companheiros presos na Espanha".
"Trata-se de poder administrar da melhor maneira possível a defesa de nossos direitos, não os individuais, mas do Governo da Catalunha", considerou Puigdemont, que entende que "se dispomos de uns dias ou umas semanas para poder fazer o que estamos fazendo, o devemos de aproveitar".