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PT cobiça pastas de Comunicações e Saúde, do PMDB

O inventário destinado à herdeira de Lula já começou a ser preparado pelas correntes do PT

José Eduardo Dutra, presidente do PT: ele acha natural o anseio para ampliar espaços no governo (Wilson Dias/AGÊNCIA BRASIL)

José Eduardo Dutra, presidente do PT: ele acha natural o anseio para ampliar espaços no governo (Wilson Dias/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 11 de novembro de 2010 às 08h01.

Brasília - A presidente eleita, Dilma Rousseff, terá o primeiro encontro com a cúpula do PT para tratar de cargos e diretrizes do novo governo seis dias após voltar da viagem a Seul, onde participa da reunião do G-20 ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Dilma é a convidada de honra da última reunião do ano do Diretório Nacional do PT, no próximo dia 19, que será realizada em um hotel de Brasília e contará com governadores do partido.

O inventário destinado à herdeira de Lula já começou a ser preparado pelas correntes do PT, que hoje comanda 17 dos 37 ministérios. Um dia antes do encontro haverá a reunião da Executiva do partido, para alinhavar as propostas. Oficialmente, Dilma comparecerá ao Diretório Nacional apenas para agradecer os companheiros pelo trabalho na campanha presidencial, a primeira sem Lula na chapa, nos 30 anos da legenda.

Na prática, o PT quer aumentar seus assentos na Esplanada, está de olho em cadeiras hoje dirigidas pelo PMDB, como Saúde e Comunicações, e também pretende avançar sobre diretorias da Petrobras e da nova Petro-Sal, que ainda não saiu do papel. Comunicações é uma pasta que ganhará musculatura com o Plano Nacional de Banda Larga.

Na seara doméstica, o posto mais cobiçado pelas duas principais alas do PT, hoje, é o do ministro da Educação, Fernando Haddad. Desgastado após uma sucessão de erros cometidos na aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), Haddad não deverá integrar a equipe de Dilma, embora Lula tenha saído em sua defesa.

“É natural o anseio para manter e até ampliar os espaços no governo, mas ninguém vai estabelecer posições impositivas”, amenizou o presidente do PT, José Eduardo Dutra. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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