O ex-estudante James Holmes foi acusado de 24 homicídios e 116 tentativas de assassinatos (Arapahoe County Sheriffs Office/Reuters)
Da Redação
Publicado em 5 de abril de 2013 às 09h51.
Washington - Uma psiquiatra que tratou James Holmes, o autor do tiroteio em um cinema em Aurora, no Colorado, alertou a Polícia que o jovem tinha pensamentos homicidas e representava um perigo público um mês antes do massacre, segundo documentos da investigação divulgados nesta quinta-feira.
O novo juiz do caso, o salvadorenho Carlos Samour, decidiu suspender o sigilo de vários documentos e declarações acumulados durante a investigação.
Com isso, ficou comprovado que em junho de 2012 a psiquiatra Lynne Fenton, que tratou Holmes, alertou a Polícia do campus da Universidade do Colorado em Denver, onde trabalhava, "sobre o risco para o público devido aos comentários homicidas" feitos pelo jovem.
Além disso, Lynne contou à Polícia que Holmes a ameaçou através de mensagens de e-mail e telefonemas.
Pouco mais de um mês depois das advertências, na madrugada de 20 de julho, Holmes entrou em um cinema em Aurora, perto de Denver, e começou a disparar, causando a morte de 12 pessoas, além de ferir outras 58, na estreia de "Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge".
A viúva de uma vítima desse tiroteio processou Lynne por assegurar que a psiquiatra não fez o suficiente quando Holmes lhe disse que tinha a fantasia de "matar muitas pessoas".
Os promotores, após contatos com 800 vítimas e familiares, anunciaram na segunda-feira que pedirão a pena de morte para Holmes, de 25 anos.
O juiz do caso, Carlos Samour, decidiu fixar para fevereiro de 2014 o início do julgamento.