Mundo

PSDB pressiona por royalties e trava acordo

Brasília - A bancada do PSDB no Senado conseguiu travar o acordo para a votação dos projetos de lei do pré-sal que estava sendo costurado entre governo e oposição. Apesar da disposição do DEM em acertar com o governo um cronograma de votação das matérias antes do recesso parlamentar, em julho, o PSDB condicionou seu […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.

Brasília - A bancada do PSDB no Senado conseguiu travar o acordo para a votação dos projetos de lei do pré-sal que estava sendo costurado entre governo e oposição. Apesar da disposição do DEM em acertar com o governo um cronograma de votação das matérias antes do recesso parlamentar, em julho, o PSDB condicionou seu apoio à inclusão do polêmico tema dos royalties no pacote. Governo e DEM defendem que esse assunto só deve ser tratado após as eleições de outubro.

A divisão das receitas obtidas com a cobrança de royalties - uma compensação financeira devida ao Estado pelas empresas que exploram petróleo - dominou as discussões dos projetos do pré-sal na Câmara e contaminou o início do debate das propostas no Senado. Para evitar novos problemas, o governo propôs deixar a votação deste assunto para depois de outubro porque o Palácio do Planalto acredita que a discussão poderia ser contaminada pela campanha eleitoral.

Os tucanos, entretanto, defendem a votação de todos os quatro projetos do pré-sal, sem alterações. "Os Estados reivindicam isso", alegou o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), para justificar a posição da bancada em trazer de volta à mesa de negociações a polêmica.

O líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), deixou claro que o governo não irá tratar do assunto antes de outubro. "Não vamos votar os royalties porque não há proposta alternativa à emenda Ibsen", disse o peemedebista, referindo-se ao mecanismo de divisão dos royalties apresentado pelo deputado Ibsen Pinheiro (PMDB-RS), e que foi aprovado na Câmara. A fórmula reduz o dinheiro que atualmente é repassado para os cofres dos chamados Estados produtores, especialmente Rio de Janeiro e Espírito Santo, que respondem por 90% da produção de petróleo no País.

O líder do DEM, José Agripino Maia (RN), afirmou que há apenas uma "divergência na reta final" entre os Democratas e os tucanos e espera, ao longo dos próximos dias, acertar uma posição consensual entre os dois partidos.

Leia outras notícias sobre petróleo

Acompanhe tudo sobre:CongressoEnergiaLicenças ambientaisOposição políticaPartidos políticosPetróleoPSDB

Mais de Mundo

CPI: inflação dos EUA cai em março em meio a tarifas de Trump

Vietnã e EUA iniciam negociações de acordo comercial para contornar alta tarifa de Trump sobre país

Trump assina ordem executiva para aumentar pressão da água nos chuveiros

União Europeia pausa tarifas retaliatórias contra EUA por 90 dias, anuncia Von der Leyen