"Isso não é um partido, é um balcão de negociação. É o que está virando a política no Brasil, e a gente fica triste por causa disso", afirmou o tucano Tasso Jereissati (Antonio Cruz/AGÊNCIA BRASIL)
Da Redação
Publicado em 3 de maio de 2011 às 09h47.
São Paulo - O ex-senador Tasso Jereissati (PSDB) fez críticas pesadas ao novo partido político, o PSD, criado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. "Isso não é um partido, é um balcão de negociação. É o que está virando a política no Brasil, e a gente fica triste por causa disso", afirmou o tucano no sábado, durante convenção do partido em Fortaleza (CE) que elegeu o empresário Pedro Fiúza como presidente do diretório municipal da legenda.
Tasso também comentou sobre a possibilidade de fusão entre os três partidos da oposição: PSDB, DEM e PPS. "Acho que é uma coisa que tem de ser analisada. Acho muito precipitado fazer isso nesse momento. Mas, provavelmente, é uma boa ideia que ela se realize."
Logo após as eleições de 2010, nas quais não conseguiu a reeleição como senador, o tucano disse que se afastaria da política para "cuidar dos netos". Apesar de reafirmar que não disputará nenhum cargo eletivo, ponderou que tem responsabilidade com o PSDB, com a juventude e com Fortaleza, que, segundo ele, vive um momento muito difícil.
Tanto que defendeu a criação de uma oposição "forte e de qualidade" e não poupou críticas ao PT, partido que governa a capital cearense. Tasso considera "um crime" o retorno de Delúbio Soares, ex-tesoureiro do partido, acusado de envolvimento no escândalo do mensalão. O ex-senador aproveitou para criticar a prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins (PT), e o governador Cid Gomes (PSB), seu ex-aliado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.