Mundo

PSB sugere que Dilma fortaleça MST e taxe fortunas

Brasília - O Partido Socialista Brasileiro (PSB) entregou esta noite, em solenidade, um conjunto de propostas do partido para a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff. As sugestões incluem, no plano social, o fortalecimento dos movimentos sociais, "como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)". Já no plano fiscal, há propostas […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.

Brasília - O Partido Socialista Brasileiro (PSB) entregou esta noite, em solenidade, um conjunto de propostas do partido para a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff. As sugestões incluem, no plano social, o fortalecimento dos movimentos sociais, "como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)".

Já no plano fiscal, há propostas de reforma tributária, com "a taxação extra das grandes fortunas". O livreto de 38 páginas, editado pela Fundação João Mangabeira, apresenta como tese central do partido "a necessidade de construção de um projeto nacional de base desenvolvimentista". Propõe que o governo conduzido por Dilma tenha caráter popular-desenvolvimentista, em que a esquerda tenha "papel hegemônico".

O PSB defende a construção de uma sociedade fundada no combate à desigualdade, atuando como agente do desenvolvimento. Entre as propostas, destacam-se a redução da jornada de trabalho sem redução dos direitos dos trabalhadores e o fortalecimento dos movimentos sociais. Nesse quesito, o PSB cita, especificamente, o MST, defendendo o aumento do diálogo, o fim da repressão e o reconhecimento no "atraso na promoção da reforma agrária".

No âmbito da política fiscal, os socialistas defendem o controle dos gastos públicos com meta de resultado nominal zero. Sustentam a necessidade de uma reforma tributária, que "compreenda a taxação extra das grandes fortunas e desonere o consumidor na ponta". Na esfera da política monetária, os socialistas apregoam "juros internos convergindo para as taxas internacionais" e, ainda, juros diferenciados quando destinados a investimentos que assegurem o aumento da produção ou a criação de emprego.

Desde o primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no comando do Ministério da Ciência e Tecnologia, que assumiu em 2003 - na figura do atual vice-presidente do partido, Roberto Amaral - o PSB defende a cibernética e o programa espacial e nuclear como prioridades estratégicas do futuro governo Dilma. O partido defende, também, a ampliação da atual malha energética com investimentos maciços na pesquisa das fontes eólicas e solar, bem como a construção de novas usinas nucleares.

Na questão educacional, o PSB deseja ampliar o investimento em educação pública, a fim de atingir 10% do PIB até 2014. O PSB ressalta que a intenção com o encaminhamento dessa contribuição é oferecer à campanha de Dilma "reflexões e propostas sobre pontos que são essenciais aos socialistas brasileiros".

Ressalta que tais contribuições não se destinam a um "Programa de governo Socialista", que estaria fora das cogitações da candidata e da larga coalizão de partidos que lhe dá apoio nas eleições e "lhe assegurará sustentação parlamentar no governo". O documento entregue esta noite a Dilma foi elaborado por nomes ilustres do partido, como Tânia Bacelar, Ariosto Holanda, Beto Albuquerque, Roberto Amaral e Paulo Skaf.

Acompanhe tudo sobre:Dilma RousseffEleiçõesEleições 2010Partidos políticosPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Mundo

Justiça da Bolívia retira Evo Morales da chefia do partido governista após quase 3 décadas

Aerolineas Argentinas fecha acordo com sindicatos após meses de conflito

Agricultores franceses jogam esterco em prédio em ação contra acordo com Mercosul

Em fórum com Trump, Milei defende nova aliança política, comercial e militar com EUA