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Provável premiê da Finlândia não vetará resgate a Portugal

O parlamento finlandês tem direito de votar os pedidos de fundos de resgate financeiro da União Europeia e poderia complicar a situação do país

Notícia acalma temores de que Portugal poderia não receber ajuda da UE (Getty Images)

Notícia acalma temores de que Portugal poderia não receber ajuda da UE (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 19 de abril de 2011 às 09h58.

Helsinque - O provável novo primeiro-ministro da Finlândia descartou propor grandes mudanças no pacote de resgate financeiro de Portugal, procurando apaziguar os temores de que seu novo governo bloqueie os planos da União Europeia e perturbe os mercados.

Jyrki Katainen, líder do partido Coalizão Nacional e encarregado de formar uma nova coalizão de governo, previu poucas alterações na postura finlandesa e disse que o país deve ser "responsável".

"Veremos o que é possível, mas de qualquer forma as mudanças não seriam muito grandes", declarou Katainen a repórteres. Ele disse que o atual governo ou aquele que ele espera comandar lidará com a questão do resgate financeiro de Portugal.

"A Finlândia precisa, para seu próprio bem, criar um programa de governo inteligente e responsável, que maximize nossa influência em todos os fóruns internacionais. Estou convencido de que podemos encontrar tal política." No que pode ser visto como sinal ao partido anti-euro Verdadeiros Finlandeses, Katainen afirmou que todas as agremiação que se unirem à nova coalizão precisarão apoiar o programa do governo.

Os "verdadeiros finlandeses" emergiram como terceiro maior partido da eleição de domingo. Seu carismático líder, Timo Soini, disse esperar que a UE altere seus planos de socorro aos portugueses.

O parlamento finlandês, diferentemente de outros da zona do euro, tem direito de votar os pedidos de fundos de resgate financeiro da União Europeia.

A direitista Coalizão Nacional deve abordar os Verdadeiros Finlandeses e o opositor Sociais Democratas para discutir a formação de uma maioria governista.

Sixten Korkman, diretor-gerente do Instituto de Pesquisa da Economia Finlandesa, disse ser difícil prever como os partidos obterão consenso.

"Soini adotou uma linha particularmente dura neste assunto durante a campanha eleitoral, então deve ser difícil para ele se afastar deste tema, e muitas pessoas em seu partido teriam dificuldades em aceitá-lo." Katainen disse estar preparado para um processo longo e árduo.

"Diria que é bom estar preparado para longas negociações", declarou.

Os verdadeiros finlandeses conquistaram 19 por cento dos votos no pleito, garantindo 39 das 200 cadeiras do parlamento -- haviam obtido cinco em 2007.

A Coalizão Nacional, que venceu a eleição com 20,4 por cento, tem 44 assentos, enquanto os Sociais Democratas, com 19,1 por cento, têm 42 cadeiras.

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