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Protestos sobre divisão territorial no Nepal deixam 3 mortos

Os protestos começaram há alguns dias por causa do descontentamento da minoria madeshi sobre seus direitos e a divisão territorial em sete províncias


	Conflito entre policiais e manifestantes durante protesto para o Nepal ser declarado como um estado hindu na nova constituição, em Kathmandu
 (REUTERS/Navesh Chitrakar)

Conflito entre policiais e manifestantes durante protesto para o Nepal ser declarado como um estado hindu na nova constituição, em Kathmandu (REUTERS/Navesh Chitrakar)

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Da Redação

Publicado em 9 de setembro de 2015 às 15h47.

Katmandu - Protestos contra a divisão territorial proposta na nova Constituição do Nepal resultaram na morte de três pessoas nesta quarta-feira no leste do país, informou à Agência Efe o porta-voz do Ministério do Interior, Laxmi Prasad Dhakal.

De acordo com relato do representante do governo, a polícia local abriu fogo contra os manifestantes que estavam atacando prédios públicos, como a delegacia do distrito de Mahotari.

Prasal Dhakal explicou que, além dos três mortos, que foram encaminhados para hospital no distrito de Jaleshwar, várias pessoas ficaram feridas, todas sendo levadas para a capital, Katmandu, em um avião.

O chefe do escritório do distrito de Mahotari, Deepak Kafle, afirmou que os manifestantes incendiaram a residência de um juiz, e que se a polícia tivesse demorado a agir, a situação poderia ter ficado mais grave.

Kafle explicou ainda que não foi suficiente para conter o grupo, o lançamento de balas de borracha e gás lacrimogêneo.

Os protestos começaram há alguns dias por causa do descontentamento entre a minoria madeshi com a minuta da Constituição quanto a inclusão de seus direitos ou a divisão territorial em sete províncias, provista para o Nepal.

Os três principais partidos, o Congresso Nepalês, o Partido Comunista do Nepal Unido Marxista-Leninista e o Partido Comunista Unido do Nepal, que somam dois terços da Assembleia Constituinte, seguem liderando a aprovação da nova carta magna.

"Estamos no último passo da promulgação da Constituição", indicou Karna Thapa, um dos representantes do Partido Comunista do Nepal Unido Marxista-Leninista.

Na semana passada, cinco pessoas morreram no Nepal em confrontos com a polícia local, apesar do toque de recolher em vários distritos do país. No mês passado, nove pessoas, seis delas agentes de segurança, foram vítimas de conflitos com manifestantes, na região de Madhesh, ao sul do país. 

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