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Protestos se espalham pela Itália e preocupam governo

Grupo de cerca de 300 estudantes protestou durante uma conferência nacional sobre biodiversidade e economia verde que reuniu autoridades do país


	Protesto na Itália: manifestantes seguraram cartazes e lançaram explosivos
 (Filippo Monteforte/AFP)

Protesto na Itália: manifestantes seguraram cartazes e lançaram explosivos (Filippo Monteforte/AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2013 às 13h30.

Roma - Um grupo de cerca de 300 estudantes protestou nesta quinta-feira (12) diante da Universidade "La Sapienza", em Roma, durante uma conferência nacional sobre biodiversidade e economia verde que reuniu autoridades do país.

Os manifestantes seguraram cartazes e lançaram explosivos contra a universidade. Em alguns momentos, a polícia teve de agir para conter os protestos. Duas pessoas foram detidas. Os estudantes argumentavam que a universidade está "abandonada", sem verbas até para pesquisas científicas. "Estou aqui disposto a dialogar, mas não acho que dê para dialogar enquanto são usados explosivos", disse o ministro do Meio Ambiente, Andrea Orlando, que participava da conferência. O protesto de hoje se soma aos que têm ocorrido em toda a Itália desde o último dia 9 por diversos motivos. Há protestos contra a construção de um Trem de Alta Velocidade (TAV), contra a degradação ambiental da chamada "Terra dos Fogos" -- vasta área entre as províncias de Nápoles e Caserta--, além de manifestações de cunho político e econômico promovidas pelo "Movimento dos Forconi". O "Movimento dos Forconi" tem promovido atos em várias regiões do país e vem acumulando proporções.

Inicialmente formado por agricultores, pastores e lavradores italianos da região da Sicília para protestar contra o cenário político atual e os impostos do setor, se difundiu pela Itália e ganhou seguidores de outras áreas, como operários e comerciantes. Em um pronunciamento à Câmara dos Deputados, o ministro do Interior da Itália e vice-premier, Angelino Alfano, alertou para o "risco dos protestos se tornarem uma rebelião generalizada contra instituições nacionais e européias". Por sua vez, o primeiro-ministro Enrico Letta afirmou que os manifestantes "são uma pequena minoria e não representam o país". 

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