Protesto: "A comunidade merece respostas e acontecerá uma investigação profunda" (Adam Rhew/Charlotte Magazine/Reuters)
Da Redação
Publicado em 21 de setembro de 2016 às 09h23.
Doze policiais ficaram feridos em protestos em Charlotte, Carolina do Norte, depois que um negro foi morto pela força de segurança, anunciaram autoridades locais nesta quarta-feira.
A imprensa informou que vários civis também ficaram feridos.
Os manifestantes se reuniram no fim da noite de terça-feira em uma área de Charlotte, onde o homem foi morto, com cartazes com a frase "A vida dos negros importa" e gritos de "Sem justiça não há paz".
Centenas de pessoas saíram às ruas em protesto contra o assassinato de Keith Lamont Scott, afro-americano morto por um policial. Ele tinha 43 anos.
"Aproximadamente 12 oficiais feridos. Um oficial atingido no rosto com uma pedra", escreveu no Twitter o Departamento de Polícia de Charlotte-Mecklenberg.
Outra mensagem da polícia afirma que os agentes foram "feridos esta noite quando trabalhavam para proteger nossa comunidade durante uma manifestação".
O canal WSOC-TV informou que a polícia mobilizou unidades antidistúrbio e utilizou gás lacrimogêneo para tentar dispersas a multidão, que, segundo as autoridades, atacou vários carros da polícia. O protesto continuou durante a madrugada, mas o número de manifestantes diminuiu com o passar das horas.
De acordo com a imprensa, o agente responsável pela morte, Brentley Vinson, foi suspenso de suas funções. De acordo com uma emissora de TV, Vinson e outros oficiais procuravam um suspeito.
A polícia localizou Keith Lamont Scott, que não era a pessoa procurada, dentro de um veículo estacionado na área de um complexo de edifícios.
Os agentes afirmaram que Scott tinha uma arma de fogo e que sentiram ameaçados. O policial abriu fogo e matou o homem.
A família de Scott, no entanto, afirmou que a vítima não carregava nenhuma pistola, e sim um livro, quando foi morto.
A prefeita da cidade, Jennifer Roberts, pediu calma à população.
"A comunidade merece respostas e acontecerá uma investigação profunda", escreveu no Twitter.
"Vou entrar em contato com os líderes da comunidade para trabalharmos juntos".