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Protestos por 42 anos do golpe deixam dez feridos no Chile

Os incidentes incluíram barricadas nas ruas e acarretou cortes de energia em diversos bairros da periferia de Santiago e outras cidades


	Protesto no Chile: distúrbios aconteceram por ocasião do 42º aniversário do golpe que instaurou a ditadura de Pinochet
 (Ivan Alvarado/Reuters)

Protesto no Chile: distúrbios aconteceram por ocasião do 42º aniversário do golpe que instaurou a ditadura de Pinochet (Ivan Alvarado/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2015 às 16h42.

Ao menos dez pessoas ficaram feridas no Chile, a maioria em Santiago, e 52 foram detidas em distúrbios por ocasião do 42º aniversário do golpe que instaurou a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), informaram as autoridades.

Os incidentes, que se repetem a cada ano, deixaram "cinco carabineiros feridos, sendo quatro em Santiago, além de cinco civis", três deles na capital do país , informou a AFP um oficial da polícia.

Os incidentes, que começaram na noite de quinta-feira e se estenderam até a madrugada deste sábado, com barricadas nas ruas e cortes de energia em diversos bairros da periferia, provocaram ainda 52 detenções no país.

O intendente de Santiago, Claudio Orrego, qualificou neste sábado de "graves" os incidentes, mas destacou que este ano há menos detidos, feridos e ônibus queimados em relação aos protestos precedentes pelo golpe militar.

Na sexta-feira, a presidente chilena, Michelle Bachelet, homenageou no Palácio de La Moneda o socialista Salvador Allende, derrubado em 1973 pelo golpe, e disse que o Chile ainda precisa avançar em busca da verdade e da justiça.

Nos locais utilizados como centros de detenção ou tortura durante a ditadura, como Vila Grimaldi e o Estadio Nacional de Santiago, velas foram acesas para lembrar as vítimas da ditadura, enquanto organizações dos direitos humanos reafirmaram seu pedido para o fechamento da prisão especial para repressores de Punta Peuco.

A ditadura de Pinochet deixou mais de 3.200 mortos e, nela, cerca de 38.000 foram torturados, transformando-se em uma das mais cruéis dos regimes militares na América Latina nas décadas de 1970 e 1980.

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