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Protestos opositores na Venezuela deixam 14 detidos e 34 feridos

A oposição venezuelana convocou manifestações contra o afastamento do poder legislativo de suas funções e a limitação da imunidade dos deputados

Venezuela: No sábado (8), milhares de opositores tentaram marchar em direção à Defensoria Pública de Caracas (Isaac Urrutia)

Venezuela: No sábado (8), milhares de opositores tentaram marchar em direção à Defensoria Pública de Caracas (Isaac Urrutia)

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EFE

Publicado em 9 de abril de 2017 às 16h28.

Caracas - O Ministério Público da Venezuela informou neste domingo (9) que nas próximas horas apresentará perante diferentes tribunais 14 pessoas que foram detidas durante os protestos opositores de ontem, que deixaram também 34 feridos.

Segundo um comunicado da procuradoria, entre os detidos há um menor de idade e 14 pessoas são investigadas "por sua suposta vinculação com os fatos de violência" registrados na capital venezuelana e nos estados centrais de Aragua e Carabobo. Além disso, explicou que, entre os 34 feridos, há três policiais.

A procuradoria também investiga "dois danos à propriedade pública e outros bens", entre eles o ataque que um grupo de encapuzados fez à Direção Executiva da Magistratura (DEM), uma instância do Poder Judiciário situada no município de Chacao.

Milhares de opositores tentaram no sábado, pela quarta vez sem sucesso na última semana, marchar até a Defensoria Pública no oeste de Caracas, mas seu acesso foi impedido novamente pelas forças de segurança, que usaram jatos de água, balas de borracha e gás lacrimogêneo para dispersar a manifestação.

A ONG Fórum Penal Venezuelano assegurou ontem que, durante os protestos antigovernamentais desta semana, 164 pessoas foram detidas, das quais 74 ainda estão atrás das grades.

O governo venezuelano afirmou também na noite do sábado que a aliança opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) pretende "iniciar uma escalada terrorista" no país com as manifestações desta semana, algumas das quais se tornaram violentas.

A oposição venezuelana convocou manifestações nesta semana em apoio ao parlamento, que na quarta-feira iniciou um procedimento contra os juízes que assinaram duas sentenças, já revogadas, nas quais afastavam o Poder Legislativo de suas funções e limitavam a imunidade de seus deputados.

Os protestos da MUD buscam pressionar o Poder Cidadão a favor do processo para remover esses magistrados do Tribunal Supremo.

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