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Protestos no Nepal: número de mortos sobe para 72 após buscas

Protestos organizados pelo Discord tomam Katmandu após bloqueio de redes como forma de censura estatal

Objetos são incendiados por manifestantes durante um protesto para condenar a repressão policial contra manifestantes em Katmandu, em 9 de setembro de 2025, um dia após manifestações contra proibições de redes sociais e corrupção governamental. O Nepal revogou sua proibição de redes sociais em 9 de setembro, um dia após pelo menos 19 pessoas terem sido mortas em protestos de jovens que exigiam que o governo suspendesse suas restrições e combatesse a corrupção. (Foto de Anup OJHA / AFP) (Foto de ANUP OJHA / AFP via Getty Images)
 (ANUP OJHA/AFP  /Getty Images)

Objetos são incendiados por manifestantes durante um protesto para condenar a repressão policial contra manifestantes em Katmandu, em 9 de setembro de 2025, um dia após manifestações contra proibições de redes sociais e corrupção governamental. O Nepal revogou sua proibição de redes sociais em 9 de setembro, um dia após pelo menos 19 pessoas terem sido mortas em protestos de jovens que exigiam que o governo suspendesse suas restrições e combatesse a corrupção. (Foto de Anup OJHA / AFP) (Foto de ANUP OJHA / AFP via Getty Images) (ANUP OJHA/AFP /Getty Images)

EFE
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 14 de setembro de 2025 às 11h24.

Ao menos 72 pessoas morreram e mais de 200 ficaram gravemente feridas no Nepal durante a agitação social liderada por jovens manifestantes, reportou neste domingo, 14, o secretário-chefe do país, Eaknarayan Aryal.

Aryal, que é secretário-chefe, chefe administrativo e principal funcionário do governo do Nepal, detalhou os números durante a cerimônia de posse da primeira-ministra interina, Sushila Karki, eleita na última sexta-feira, 12, como líder do governo interino nepalês, após a renúncia, devido aos protestos, do ex-premiê K.P. Sharma Oli.

De acordo com Aryal, 59 dos mortos eram manifestantes, três eram policiais e dez eram presidiários que tentaram fugir das prisões nepalesas durante a crise e foram mortos a tiros.

O governo interino do Nepal concordou em dar um milhão de rúpias nepalesas (cerca de US$ 7.000) à família de cada um dos mortos e em declarar mártires os que morreram nos protestos.

Além disso, o governo interino concordou que os feridos serão tratados gratuitamente e declarou como prioridade a reconstrução de propriedades danificadas durante os protestos.

Durante os protestos, as instalações do Parlamento nepalês e da Suprema Corte, as residências dos líderes políticos, a sede do partido e um hotel de luxo em Katmandu foram incendiados.

Karki prometeu que o governo interino do Nepal investigará os atos de vandalismo ocorridos durante os protestos.

O governo interino assumirá a administração do país asiático até a formação de um novo Executivo após as eleições legislativas a serem realizadas em 5 de março de 2026.

Os protestos anticorrupção no Nepal, que começaram na segunda-feira e foram liderados por um movimento jovem, foram inflamados pela entrada em vigor, em 4 de setembro, de uma proibição de redes sociais pelo governo de Sharma Oli. O premiê foi forçado a renunciar na terça-feira, depois que os protestos se intensificaram.

O movimento não conta com uma liderança clara e se organizou principalmente por meio da plataforma online Discord. 

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