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Protestos na França: bloqueios mobilizam mais de 70 mil agentes em atos contra Macron

Protestos podem ganhar força semelhante ao movimento dos coletes amarelos de 2018-2019

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 10 de setembro de 2025 às 07h52.

Mais de 50 pessoas foram detidas nesta quarta-feira, 10, na região de Paris no início de uma jornada de protestos convocados pelas redes sociais com o lema "Vamos bloquear tudo" para expressar sua rejeição ao governo francês.

Durante a madrugada, centenas de jovens tentaram bloquear uma garagem de ônibus urbanos e vários pontos do anel viário de 35 quilômetros que circunda Paris, mas foram retirados pela polícia.

Às 7h30 (2h30 de Brasília), as autoridades anunciaram que quase 6.000 policiais e gendarmes estavam mobilizados na capital e que 51 pessoas foram detidas em Paris e seus subúrbios.

O estopim dos protestos foi o projeto de orçamento para 2026, que provocou a queda do primeiro-ministro François Bayrou na segunda-feira. Ele planejava cortes de 44 bilhões de euros (51,6 bilhões de dólares, 279 bilhões de reais) e a eliminação de dois feriados.

O presidente francês, Emmanuel Macron, nomeou na terça-feira como novo primeiro-ministro o atual ministro da Defesa, Sébastien Lecornu. A transferência de poder com Bayrou está prevista para esta quarta-feira.

Mobilização de forças de segurança e alcance dos protestos

As autoridades anunciaram a mobilização de quase 80.000 agentes em todo o país durante os protestos, que pretendem bloquear empresas, rodovias e universidades, mas cujo alcance é desconhecido até o momento.

As forças de segurança também desativaram rapidamente um bloqueio de uma garagem de bondes em Bordeaux, no oeste da França. Manifestantes também tentaram bloquear a rodovia A10 perto de Poitiers.

O ministro do Interior, Bruno Retailleau, reiterou nesta quarta-feira que deu ordens aos policiais para "não tolerar violência, depredação, bloqueio e ocupação de infraestruturas essenciais".

As autoridades temem que os protestos se transformem em um movimento como o dos "coletes amarelos" (2018-2019), que abalou o primeiro mandato de Macron. Os sindicatos também convocaram uma greve para 18 de setembro.

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