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Protestos marcam mais um dia de tensão no Egito

A Praça Tahrir deve reunir opositores do presidente Mursi, contrários às medidas adotadas por ele recentemente, e seus aliados

Exército egípcio: Mursi definiu que o Exército fique nas ruas para garantir segurança até a realização do referendo da Constituição (Gianluigi Guercia/AFP)

Exército egípcio: Mursi definiu que o Exército fique nas ruas para garantir segurança até a realização do referendo da Constituição (Gianluigi Guercia/AFP)

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Da Redação

Publicado em 11 de dezembro de 2012 às 09h14.

Brasília – No Egito, o dia hoje (11) será de mais protestos contra e a favor do governo do presidente Mouhamed Mursi. A Praça Tahrir, no Cairo, capital do país, deve reunir opositores de Mursi, contrários às medidas adotadas por ele recentemente, e seus aliados que defendem o governo. Para os manifestantes contrários a Mursi, o referendo sobre a nova Constituição, marcado para o dia 15, não representa o desejo do povo egípcio.

Os protestos contra o presidente são liderados por organizações laicas e setores cristãos, enquanto a Irmandade Muçulmana coordena as manifestações em favor do presidente. Para os setores de oposição, o texto constritucional abre espaço para uma extensão da aplicação da sharia (lei islâmica) e oferece poucas garantias para as liberdades.

Os protestos se tornaram constantes no Egito desde que Mursi editou um decreto ampliando seus poderes e reduzindo os do Judiciário e do Legislativo, além de definir que o Exército fique nas ruas para garantir segurança até a realização do referendo. Só ontem (10) pelo menos nove pessoas ficaram feridas nas manifestações.

A agência de notícias estatal, Mena, informou que houve embates entre manifestantes e forças policiais. De acordo com a agência, as vítimas foram feridas com tiros. O acesso à Praça Tahrir foi fechado por comitês populares que se encarregaram da vigilância da área. No país, há uma divisão entre os que apoiam e os que criticam Mursi.

Ontem, na tentativa de minimizar os protestos, Mursi anulou aumentos de impostos sobre produtos básicos. Os governos dos Estados Unidos e da União Europeia se disseram preocupados e apelaram ao país para prosseguir a democratização. Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa.

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