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Protestos durante visita de Trump deixam 100 palestinos feridos

Durante a manifestação, o público gritou frases contra a política americana e contra a ocupação israelense

Protesto contra Trump: os protestos foram convocadas pelo Comitê Nacional de Apoio aos Presos Palestinos (Ibraheem Abu Mustafa/Reuters)

Protesto contra Trump: os protestos foram convocadas pelo Comitê Nacional de Apoio aos Presos Palestinos (Ibraheem Abu Mustafa/Reuters)

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EFE

Publicado em 22 de maio de 2017 às 16h44.

Jerusalém - Pelo menos 100 palestinos ficaram feridos nesta segunda-feira na Cisjordânia nos protestos de apoio à greve de fome de presos israelenses e contra Israel, no dia da chegada do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, à região.

Até às 16 GMT (13h em Brasília) as equipes de apoio tinham atendido "100 feridos, sendo oito por lesões de munição real, 20 por balas de metal com caucho, 64 que inalaram gás e oito com queimaduras ou fraturas", informou o Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho à imprensa.

O serviço de emergências habilitou um hospital de campanha em Kalandia, onde está o posto de controle que separa Ramala de Jerusalém e de onde se aproximou uma passeata com centenas de pessoas que partiu pela manhã do centro da cidade.

Também foram registrados feridos em manifestações violentas em Hebrom, Jericó, Qalqilyah, Abu Dis e Deir Sharaf.

Os protestos foram convocadas pelo Comitê Nacional de Apoio aos Presos Palestinos e por grupos políticos como parte dos atos de solidariedade que estão acontecendo desde 17 de abril em prol de centenas de prisioneiros em prisões israelenses e que iniciaram um jejum indefinido. Lojas, colégios e instituições em geral estão fechados também em apoio aos presos.

Durante a manifestação, o público gritou frases contra a política americana e contra a ocupação israelense. Alguns carregavam cartazes com a imagem de Trump marcada com uma sola de sapato, um gesto muito ofensivo no mundo árabe.

"A greve foi uma mensagem para Trump que expressa a insatisfação das pessoas com a política americana que apoia Israel", declarou à Agência Efe Bassam Al-Salehi, secretário do Partido do Povo Palestino.

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