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Protestos crescem em Hong Kong por passividade da polícia

Os protestos pró-democracia se estenderam em Hong Kong, enquanto a polícia adotou uma atitude passiva

Manifestantes ocupam a principal rua do distrito financeiro de Hong Kong (Carlos Barria/Reuters)

Manifestantes ocupam a principal rua do distrito financeiro de Hong Kong (Carlos Barria/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 29 de setembro de 2014 às 10h50.

Pequim - Os protestos pró-democracia se estenderam nesta segunda-feira em Hong Kong, com grupos cada vez maiores de manifestantes em vários pontos da cidade, enquanto a polícia adotou uma atitude passiva, sem tentar dispersar as concentrações.

Dezenas de milhares de pessoas se reuniram em vários pontos do centro financeiro da cidade, como as zonas de Central, Admiralty e Causeway Bay, enquanto um grupo se mantém em frente à sede do governo local, cenário dos primeiros incidentes que, na madrugada do sábado, deram impulso ao movimento.

A ação policial, com detenções, uso de gás de pimenta e gás lacrimogêneo, no sábado e no domingo, não só não dissuadiu os manifestantes, mas acabou gerando o aumento das concentrações.

Vários legisladores locais da ala pró-democrática anunciaram hoje que estão elaborando uma minuta legislativa para solicitar a saída do chefe do Executivo da cidade, Cy Leung, informou a emissora de rádio e televisão de Hong Kong.

Os legisladores desse grupo, alinhados com os manifestantes, responsabilizam Leung pelos métodos utilizados pela tropa de choque da polícia, algo que os cidadãos de Hong Kong não presenciavam há praticamente dez anos.

A organização Human Rights Monitor considerou hoje como "sem precedentes" o uso dessas táticas por parte dos agentes contra os cidadãos em Admiralty, o principal foco de tensão na noite de domingo e na madrugada da segunda-feira.

Por outro lado, a "número 2" do governo local de Hong Kong, Carrie Lam, advertiu hoje que não é "realista" esperar que as autoridades da China voltem atrás em sua decisão de agosto sobre a reforma política no território.

Esse marco político estabeleceu que os habitantes da cidade poderão escolher o próximo chefe do Executivo através do voto universal em 2017, mas os candidatos precisarão ser aprovados por um comitê consultivo.

Essa decisão, emitida no dia 31 de agosto, casou o descontentamento de muitos dos 7,2 milhões de habitantes da cidade e resultou em protestos e greves.

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