Índia: manifestantes arremessam pedras em protesto contra lei de cidadania (Hindustan Times/Getty Images)
AFP
Publicado em 21 de dezembro de 2019 às 10h50.
Ao menos cinco pessoas, incluindo um menino de oito anos, morreram na Índia durante manifestações contra uma lei de cidadania considerada discriminatória, o que aumentou a 20 o número de vítimas fatais desde o início dos protestos na semana passada, informou neste sábado a polícia.
Quatro manifestantes foram mortos a tiros na sexta-feira durante confrontos com a polícia no estado de Uttar Pradesh (norte), anunciou o porta-voz da polícia local, Shirish Chandra.
Um menino de oito anos faleceu durante um tumulto em um protesto na cidade sagrada de Varanasi, no mesmo estado, informou o chefe de polícia do distrito, Prabhakar Chaudhary.
Estas vítimas elevaram a 20 o número de mortes registradas desde o início dos protestos, há 10 dias, contra uma lei considerada discriminatória a respeito dos muçulmanos.
Estes são os protestos mais importantes no país desde ao chegada ao poder, em 2014, do governo nacionalista hindu de Narenda Modi.
Em muitas regiões do país de 1,3 bilhão de habitantes as autoridades proibiram as manifestações. Em algumas localidades o acesso à internet foi cortado.
A lei que desatou os protestos concede a cidadania a refugiados do Afeganistão, Paquistão e Bangladesh, mas apenas se não forem muçulmanos. Os críticos a consideram discriminatória e contrária à Constituição indiana.