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Protestos contra cortes e reformas paralisam Atenas novamente

Com as greves, só continua em atividade nos meios de transporte o trem que leva ao aeroporto internacional de Atenas

Nenhum meio de transporte público circula na capital grega, o que gerou o caos no trânsito, já que os cidadãos se viram obrigados a usar seus próprios veículos (Milos Bicanski/Getty Images)

Nenhum meio de transporte público circula na capital grega, o que gerou o caos no trânsito, já que os cidadãos se viram obrigados a usar seus próprios veículos (Milos Bicanski/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 13 de outubro de 2011 às 06h03.

Atenas - O transporte público de Atenas está paralisado devido a uma greve de 48 horas iniciada nesta quinta-feira em protesto pelas demissões e reduções de salários no setor.

Desde as 5h desta quinta-feira nenhum meio de transporte público circula na capital grega, o que gerou o caos no trânsito, já que os cidadãos se viram obrigados a usar seus próprios veículos ou táxis para chegarem ao trabalho.

Nesta sexta-feira, os taxistas deverão se somar ao protesto, pelo que se espera um agravamento da dificuldade para a circulação dos cerca de cinco milhões de habitantes da cidade. Os donos dos 27 mil táxis do país protestarão contra a liberalização da profissão.

Entre os meios do transporte público, só continua em atividade o trem que leva ao aeroporto internacional de Atenas.

Por outro lado, os empregados municipais que coletam o lixo decidiram continuar os protestos que mantêm há duas semanas, com sete mil toneladas de lixo amontoadas nas ruas da capital.

Outra manifestação contra as impopulares medidas do governo para evitar a quebra do país é organizada por membros do sindicato de trabalhadores da empresa de eletricidade Genop-Deh, que ocuparam o edifício central da companhia, em Atenas.

Também estão em greve nesta quinta-feira os funcionários do Ministério da Cultura, e por isso todos os locais arqueológicos e os museus, incluindo a Acrópole de Atenas, permanecerão fechados aos turistas.

Já os advogados iniciaram uma greve de sete dias contra a liberalização de sua profissão, enquanto os guardas penitenciários não trabalham hoje e os funcionários da alfândega começarão amanhã uma greve de dez dias.

Também ficarão sem trabalhar, entre hoje e sábado, os empregados da imprensa estatal, em protesto pelo fechamento e a fusão de diversas emissoras e de um canal de televisão, assim como a demissão de 10% do pessoal para reduzir custos.

As medidas de austeridade impostas pelo governo há um ano e meio para reduzir o enorme déficit incluem cortar 30% do elenco do setor público até 2013, o que significa que centenas de milhares de funcionários serão despedidos ou passarão à aposentadoria antecipada.

Os sindicatos majoritários convocaram uma nova greve geral de 24 horas para a próxima quarta-feira, quando voltarão a ser paralisados os voos e a atividade econômica do país.

O primeiro-ministro grego, George Papandreou, viaja hoje a Bruxelas, onde se reunirá com os presidentes do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, e da zona do euro, Jean-Claude Juncker, para abordar uma provável reestruturação da dívida.

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