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Protestos acabam com um morto e feridos na Tailândia

Um policial morreu e pelo menos 48 pesoas ficaram feridas nos enfrentamentos entre as forças de segurança e manifestantes na Tailândia

Manifestante usa estilingue em protesto na Tailândia: país vive uma grave crise política desde o golpe militar em 2006 (Athit Perawongmetha/Reuters)

Manifestante usa estilingue em protesto na Tailândia: país vive uma grave crise política desde o golpe militar em 2006 (Athit Perawongmetha/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 26 de dezembro de 2013 às 07h45.

Bangcoc - Um policial morreu nesta quinta-feira em Bangcoc e pelo menos 48 pesoas ficaram feridas nos enfrentamentos entre as forças de segurança e manifestantes que tentam impedir que a Comissão Eleitoral realize as eleições convocadas para 2 de fevereiro.

A comissão realizou hoje em um estádio da capital o sorteio da posição dos partidos políticos nas cédulas das eleições.

A vítima fatal é um dos três policiais que protegiam a entrada do local e que foram baleados, segundo fontes hospitalares citadas pela imprensa local.

Um dos policiais feridos apresentava uma perfuração no ombro direito e a bala penetrou no pulmão do mesmo lado.

Não foi divulgada nenhuma informação oficial sobre o estado dos outros dois feridos.

Pelo menos 48 pessoas ficaram feridas nos enfrentamentos, segundo o Centro Erawan de Emergências, entre elas um jornalista japonês atingido por uma bala de borracha na orelha esquerda.

Embora não tenham conseguido impedir o sorteio, a Comissão Eleitoral pediu ao governo o adiamento do pleito por considerar impossível garantir a normalidade do processo.

A mobilização antigovernamental liderada por Suthep Thaugsuban, ex-vice-primeiro-ministro do Partido Democrata entre 2008 e 2011, quer impedir a realização das eleições e exige antes a implementação de reformar políticas por meio de um conselho popular não eleito.

A primeira-ministra da Tailândia, Yingluck Shinawatra, propôs ontem a criação de uma comissão para realizar amplas reformas no país, com o objetivo de acalmar os protestos que começaram em outubro e aumentaram de intensidade no final de novembro com a ocupação de ministérios.

Yingluck, que se encontra em uma viagem pelo norte do país, esclareceu que o novo organismo não fará parte do governo e entre suas tarefas estará apresentar propostas constitucionais, econômicas e sociais para assegurar a transparência do sistema eleitoral e a prevenção e eliminação da corrupção nas agências públicas.

A Tailândia vive uma grave crise política desde o golpe militar que em 2006 depôs Thaksin Shinawatra, irmão mais velho de Yingluck e auto-exilado em Dubai para escapar de uma condenação a dois anos de prisão por corrupção.

Desde então, o país vive um período de frequentes manifestações e protestos populares que buscam paralisar o governo. 

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