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Protesto contra Maduro se estende até madrugada em várias áreas de Caracas

O Observatório Venezuelano de Conflito Social (OVCS) cifrou em 30 as manifestações registradas perto da meia-noite na capital do país

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro (Contributor/Bloomberg/Getty Images)

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro (Contributor/Bloomberg/Getty Images)

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EFE

Publicado em 22 de janeiro de 2019 às 07h01.

Caracas- Dezenas de protestos populares que tiveram início na noite de segunda-feira se estenderam até a madrugada de hoje, em Caracas, capital da Venezuela, especialmente em áreas consideradas redutos do oficialismo, onde os manifestantes pedem o fim do governo de Nicolás Maduro.

O Observatório Venezuelano de Conflito Social (OVCS) cifrou em 30 as manifestações registradas perto da meia-noite na capital do país, a maioria em bairros do município de Libertador, um território governado pelo oficialismo e onde estão localizadas todas as sedes dos poderes públicos.

Boa parte desses protestos continuaram nas primeiras horas de hoje e os cidadãos relataram isso através das redes sociais, onde publicavam várias fotografias e vídeos mostrando estradas fechadas, assim como as pessoas nas ruas gritando palavras de ordem contra o governo.

Embora nenhuma autoridade tenha se pronunciado sobre os atos, diversas imagens mostram as forças da ordem tentando dissuadir as manifestações, em alguns casos disparando gás lacrimogêneo em áreas residenciais.

O Programa Venezuelano de Educação e Ação em Direitos Humanos (Provea) informou, através do Twitter, do uso de tanques da Polícia Nacional Bolivariana (PNB) na paróquia El Valle "para tentar acabar" com um protesto.

Dois cidadãos de Caracas, que residem em setores diferentes e que preferiram conservar o anonimato, contaram à Agência Efe que os disparos e detonações continuaram durante a madrugada, por isso que muitos moradores decidiram resguardar-se nas suas casas, algumas das quais terminaram com vidros quebrados.

Estas manifestações ocorrem um dia antes da jornada convocada pelo antichavismo para amanhã, em rejeição da legitimidade do novo mandato presidencial que Maduro tomou posse há quase duas semanas e que lhe manterá no cargo, pelo menos, até 2025.

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