Mundo

Proteína pode barrar câncer de pâncreas

Pesquisadores do Instituto Hospital do Mar de Pesquisas Médicas identificaram nova proteína que pode aumentar as chances de sobrevivência em 20%


	Nova proteína poderia barrar o crescimento do câncer de pâncreas e aumentar a sobrevivência dos pacientes em 20%
 (Getty Images)

Nova proteína poderia barrar o crescimento do câncer de pâncreas e aumentar a sobrevivência dos pacientes em 20% (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de junho de 2014 às 15h47.

Barcelona - Pesquisadores do Instituto Hospital do Mar de Pesquisas Médicas (IMIM) de Barcelona identificaram uma nova proteína, Galectina-1, que poderia barrar o crescimento do câncer de pâncreas e aumentar a sobrevivência dos pacientes em 20%.

Esta proteína pode ser um possível remédio para o tratamento deste tipo de câncer, sem efeitos adversos, sugere o trabalho, que será publicado no próximo número das revistas "Cancer Research" e "Oncoimmunology".

Segundo o IMIM, os pesquisadores comprovaram pela primeira vez os efeitos da inibição desta proteína em ratos com este tipo de câncer e os resultados mostraram um aumento da sobrevivência de 20%.

Até agora, as estratégias para tratar este tumor focavam em atacar as células tumorais e tinham muito pouco sucesso.

Os últimos estudos mostraram que tentar destruir o que rodeia o tumor é possivelmente uma estratégia melhor.

"Nossa contribuição vai nesta direção, já que reduzir a Galectina-1 afeta principalmente o sistema imunológico e as células da estrutura que rodeiam as células tumorais, denominadas estroma, o que faz com que a Galectina-1 tenha um grande potencial", disse a doutora Pilar Navarro, coordenadora do grupo de pesquisa em mecanismos moleculares de tumores do IMIM.

"Vimos também que a eliminação da Galectina-1 em ratos não tem efeitos colaterais, por isso pode se tratar de uma abordagem terapêutica segura e sem efeitos adversos", explicou a pesquisadora Neus Martínez.

Em parceria com o Serviço de Anatomia Patológica do Hospital do Mar, que se encarregou de analisar algumas amostras, foram estudados os tumores pancreáticos de ratos com altos níveis de Galectina-1 e após eliminá-la.

Os pesquisadores perceberam que os tumores sem a proteína mostravam menos proliferação, menos vasos sanguíneos, menos inflamação e ainda tinham um aumento do componente imunológico, sobretudo em tumores menos agressivos.

O câncer de pâncreas é um dos tumores com pior previsão que existe, com uma sobrevivência aos cinco anos do diagnóstico inferior a 2%.

Embora não seja um tumor muito frequente, é a quarta causa de morte por câncer nos países desenvolvidos porque por ser assintomático é diagnosticado tarde demais, quando ele já desenvolveu metástases e pela ineficácia dos tratamentos atuais.

Acompanhe tudo sobre:CâncerDoençasProteínas

Mais de Mundo

Avião com 64 pessoas e helicóptero militar dos EUA colidem no ar em Washington, D.C

Trump diz que enviará imigrantes para prisão em Guantánamo

'Não sou antivacina', diz Robert Kennedy Jr. no Senado americano

Governo Trump desiste de corte de repasses que barrou ao menos US$ 1 trilhão em recursos