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Prostitutas podem compartilhar propriedade de bordéis

Amsterdã está procurando um investidor para comprar prédios onde profissionais do sexo possam trabalhar em seu próprio negócio de prostituição


	Prostituição: autoridades esperam que as prostitutas estarão mais seguras se puderem trabalhar juntas num prédio alugado e administrado por elas
 (Greg Wood/AFP)

Prostituição: autoridades esperam que as prostitutas estarão mais seguras se puderem trabalhar juntas num prédio alugado e administrado por elas (Greg Wood/AFP)

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Da Redação

Publicado em 6 de fevereiro de 2015 às 21h20.

AMSTERDÃ - Amsterdã está procurando um investidor para comprar cinco prédios onde profissionais do sexo possam trabalhar coletivamente em seu próprio negócio de prostituição, disse um porta-voz do prefeito.

Atualmente, as prostitutas trabalham individualmente, alugando as janelas onde se exibem para clientes potenciais dos donos dos bordéis. Mas este sistema deixa as mulheres vulneráveis a cafetões.

As autoridades municipais esperam que as prostitutas estarão mais seguras se puderem trabalhar juntas num prédio alugado e administrado por uma empresa delas.

A fundação HVO-Querido, que ensina habilidades comerciais e de negócios para as trabalhadoras do sexo, vai ajudá-las a pôr suas empresas em execução.

"Estamos procurando uma terceira parte, um empreendedor social, para comprar estes edifícios e deixá-los para as prostitutas", disse o porta-voz Jasper Karman.

"As trabalhadoras do sexo nos disseram que querem isso", disse ele. "E iria fornecer uma receita decente para um terceiro." Os cinco prédios, no coração da zona de prostituição, iriam oferecer 19 espaços de trabalho para cerca de 50 prostitutas. O distrito da luz vermelha atrai muitos turistas, mas muitos na cidade são contra a imagem do trabalho sexual.

Nos últimos anos, a cidade tem comprado bordéis e transformado os locais em lojas.

Mas críticos dizem que a redução no número de janelas para alugar tem elevado os preços, forçando as prostitutas a trabalhar nas ruas ou em apartamentos privados, onde são mais vulneráveis.

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