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Prós-Ficha Limpa estão otimistas sobre decisão do STF

Supremo decide nesta quarta-feira se lei complementar que impede a candidatura de "fichas sujas" é constitucional e se vale para as eleições deste ano

Julgamento de recurso do candidato do PSC ao governo do DF, Joaquim Roriz, definirá constitucionalidade da lei (.)

Julgamento de recurso do candidato do PSC ao governo do DF, Joaquim Roriz, definirá constitucionalidade da lei (.)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h36.

Brasília - O Supremo Tribunal Federal (STF) é o centro das atenções nesta quarta-feira (22). O tribunal decidirá sobre a constitucionalidade - e sobre a validade para as eleições deste ano - da lei da Ficha Limpa, ao julgar um recurso do candidato do PSC ao governo do DF, Joaquim Roriz.

O juiz eleitoral Marlon Jacinto Reis, presidente da Associação Brasileira dos Magistrados, Procuradores e Promotores Eleitorais (ABRAMPPE) e membro do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), acredita que os ministros do STF julgarão pela constitucionalidade da lei da Ficha Limpa. "É uma lei que surgiu da sociedade, é ela quem decide os critérios de quem pode se candidatar", avaliou o juiz.

Circula na internet uma petição a favor da lei que colhe assinaturas - já são mais de 160 mil - que será entregue ao STF. Segundo o juiz Márlon, ela não surgiu para pressionar o tribunal, mas para lembrar do caráter popular da lei. "O mandato é do povo, não do político", defendeu. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) sediou nesta terça-feira (21), em Brasília, o lançamento de um manifesto feito por representantes da sociedade civil em defesa da constitucionalidade da nova legislação.

O secretário-executivo da Articulação Brasileira contra a Corrupção e Impunidade (ABRACCI), Caio Magri, também espera que a lei seja julgada constitucional. "O STF não pode colocar em risco uma decisão popular e do Congresso Nacional", afirmou. Para Magri, o Brasil vive um clima de combate à impunidade e de exigência de transparência. "Os candidatos ficha suja estão sendo rejeitados", disse ele.

A ABRACCI é responsável pelo site Ficha Limpa, no qual candidatos que aceitam prestar contas semanalmente sobre os gastos da campanha eleitoral são cadastrados. Somente um candidato à Presidência da República está entre os 69 nomes cadastrados, Plínio de Arruda Sampaio, do PSOL. Segundo Magri, caso a lei não entre em vigor nessas eleições, o papel do site se torna ainda mais forte. "Se o STF considerar a lei inconstitucional será uma tragédia, mas manteremos o site com mais vigor ainda, porque talvez ele passe a ser a única referência para o eleitor escolher seus candidatos", ponderou.

Leia mais: Ministros do STF podem barrar Lei da Ficha Limpa, dizem especialistas

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