Mundo

Proposta dos EUA sobre algodão divide governo brasileiro

Brasília - A "tímida" proposta dos Estados Unidos para redução dos subsídios agrícolas dividiu o governo. O Ministério da Agricultura é favorável ao acordo, enquanto o Itamaraty não descarta a retaliação. Na pasta do Desenvolvimento, a posição é buscar consenso e adiar um pouco mais. O martelo será batido pelos ministros que compõem a Câmara […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h43.

Brasília - A "tímida" proposta dos Estados Unidos para redução dos subsídios agrícolas dividiu o governo. O Ministério da Agricultura é favorável ao acordo, enquanto o Itamaraty não descarta a retaliação. Na pasta do Desenvolvimento, a posição é buscar consenso e adiar um pouco mais. O martelo será batido pelos ministros que compõem a Câmara de Comércio Exterior (Camex) na quinta-feira.

A Organização Mundial do Comércio (OMC) autorizou o Brasil a retaliar os EUA em US$ 829 milhões com sobretaxas para a importação de produtos e quebra de direitos de propriedade intelectual. Os americanos não cumpriram a determinação da OMC de retirar os subsídios aos seus produtores de algodão.

A retaliação está marcada para começar no dia 22 de junho, se não houver acordo. Na semana passada, técnicos americanos fizeram uma nova oferta, que foi considerada tímida. Muitas questões estão em jogo, mas um dos pontos centrais é o programa de garantia de crédito à exportação, o GSM. O Brasil quer que os EUA reduzam os prazos e elevem os juros do programa para desestimular o uso. O GSM é a única parte dos subsídios que os EUA aceitam alterar de imediato. O restante só seria discutido em 2012 na reforma da Farm Bill (Lei Agrícola).

Os americanos receberam "luz verde" do Congresso e aceitaram reduzir o prazo máximo do GSM de 30 meses para 20 meses. Mas ainda está distante dos seis meses pedidos pelo Brasil. A visão do Ministério da Agricultura, com apoio dos produtores de algodão, é que a proposta é suficiente para fechar o acordo. O acordo com os americanos prevê ainda um fundo de US$ 147 milhões anuais de compensação aos produtores de algodão brasileiros até 2012. Mas o Itamaraty está temeroso em relação ao impacto de um acordo "frágil" para a imagem da diplomacia brasileira. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Leia mais notícias relacionadas ao comércio exterior

Acompanhe tudo sobre:América LatinaComércioComércio exteriorDados de BrasilEstados Unidos (EUA)Países ricos

Mais de Mundo

Reino Unido pede a seus cidadãos que deixem o Líbano em voos comerciais

Qual o risco de guerra entre Líbano e Israel após as explosões de pagers?

Guarda Revolucionária do Irã promete 'resposta esmagadora' por ataques no Líbano

Biden receberá Zelensky na Casa Branca para falar sobre guerra com a Rússia