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Proposta de ter filho para reduzir dívida estudantil causa polêmica no Japão

O primeiro-ministro Fumio Kishida havia prometido no começo do ano "medidas sem precedentes" para lutar contra a queda da natalidade no Japão

O primeiro-ministro Fumio Kishida: proposta causou polêmica (Kiyoshi Ota/Bloomberg/Getty Images)

O primeiro-ministro Fumio Kishida: proposta causou polêmica (Kiyoshi Ota/Bloomberg/Getty Images)

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 4 de março de 2023 às 17h16.

O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, foi criticado após seu partido sugerir um alívio da dívida estudantil sob a condição de ter filhos, a fim de tentar conter o declínio da taxa de natalidade no arquipélago.

Kishida havia prometido no começo do ano "medidas sem precedentes" para lutar contra a queda da natalidade no Japão, um problema crônico e cada vez mais agudo.

O Partido Liberal Democrata (PLD, direita), de Kishida, trabalha em várias propostas sobre o tema, que, segundo a mídia local, serão apresentadas ao governo no fim do mês. A proposta que condiciona a redução da dívida estudantil à paternidade, entretanto, gerou uma onda de críticas.

"Exigir um filho em troca de uma redução da dívida estudantil é uma péssima medida para lidar com a baixa taxa de natalidade", disse nest sexta-feira (03) a senadora Noriko Ishigaki, durante um debate na câmara alta do Parlamento do Japão, na presença do primeiro-ministro.

Kishida deu pouco detalhes sobre o conteúdo da proposta, e insistiu na necessidade de se "respeitar um debate livre e vigoroso" sobre o tema.

As críticas também vieram do Twitter: "É como dizer: 'Pague com seu corpo!'", criticou um usuário dessa rede social, enquanto outro publicou que as medidas do PLD equivalem a "tratar os seres humanos como gado".

Masahiko Shibayama, deputado do PLD - que dirige a comissão que trabalha no assunto - assegurou à rede de TV Asahi que a medida tinha como objetivo apoiar financeiramente as famílias, e não penalizar os lares sem filhos: "Estamos apresentando isso como uma extensão do apoio à educação infantil, e não como uma política relacionada à natalidade."

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