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Propagandas políticas homofóbicas são legais, decide juiz israelense

Decisão ocorre depois que 2 empresas recusaram anúncio de extrema-direita que estabelecia ligação entre pessoas homossexuais e tráfico de crianças

Juiz: magistrado decidiu que anúncios homofóbicos são permitidos (Pixabay/Reprodução)

Juiz: magistrado decidiu que anúncios homofóbicos são permitidos (Pixabay/Reprodução)

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Reuters

Publicado em 7 de agosto de 2019 às 19h43.

Londres - Donos de outdoors em Israel não poderão rejeitar anúncios políticos homofóbicos, decidiu um juiz, depois que duas empresas se recusaram a vender um espaço para um anúncio de um partido de extrema-direita que estabelecia uma ligação entre pessoas homossexuais e tráfico de crianças.

O partido, Noam, teve espaço recusado em uma parede do lado de fora de um hotel de Jerusalém e em laterais de ônibus para um anúncio que dizia "Orgulho e a compra de crianças, ou meu filho irá se casar com uma mulher - Israel escolhe ser normal".

A agremiação entrou com uma ação em um comitê parlamentar presidido pelo juiz da Suprema Corte Neal Hendel, que decidiu que, de acordo com a lei eleitoral, empresas devem vender espaços de propaganda para qualquer partido que queira comprar, ou para nenhum deles.

"Um dever de igualdade inclui o compromisso de publicar propagandas de todos os partidos e listas, incluindo daquelas cujos valores são diferentes dos da agência de publicidade", disse Hendel em sua decisão na terça-feira.

Israel é um dos poucos países do Oriente Médio - ao lado de Jordânia e Bahrein - que permite relações entre pessoas do mesmo sexo. Em alguns países da região, relações entre pessoas do mesmo sexo podem ser punidas inclusive com pena de morte.

O casamento gay é ilegal em Israel, um país de 9 milhões de habitantes, embora casamentos realizados no exterior sejam reconhecidos.

O Noam, partido judeu ultra-ortodoxo recentemente formado não respondeu aos pedidos de comentários, apesar de ter classificado a decisão como uma "grande vitória" no Facebook.

Ativistas de direitos LGBT disseram que esses anúncios não tem lugar em uma campanha eleitoral democrática.

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