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Promotoria venezuelana indiciará policial por morte de jovem

Jairo Ortiz morreu na noite de quinta-feira após receber um tiro no peito quando forças de segurança tentavam dispersar um protesto

Venezuela: o protesto em que morreu o jovem foi registrado depois de uma grande manifestação opositora em Caracas que terminou em confusão, com o balanço de 19 feridos e 30 presos (Marco Bello)

Venezuela: o protesto em que morreu o jovem foi registrado depois de uma grande manifestação opositora em Caracas que terminou em confusão, com o balanço de 19 feridos e 30 presos (Marco Bello)

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AFP

Publicado em 7 de abril de 2017 às 18h44.

Última atualização em 7 de abril de 2017 às 21h58.

Um policial será indiciado na Venezuela pela morte de um jovem de 19 anos, ferido por uma bala, durante um protesto contra o governo do presidente Nicolás Maduro, informou nesta sexta-feira a promotoria.

Os dois promotores encarregados do caso "indiciarão o oficial por supostamente cometer um crime previsto na legislação venezuelana", indicou um comunicado sem detalhar que acusações lhe atribuirão.

Jairo Ortiz morreu na noite de quinta-feira após receber um tiro no peito, em uma área nos arredores de Caracas, quando forças de segurança tentavam dispersar manifestantes que bloqueavam uma via.

O acusado é um oficial da Polícia Nacional de 27 anos, que já foi detido pela militarizada Guarda Nacional, segundo o Ministério Público.

O protesto em que morreu o jovem foi registrado depois de uma grande manifestação opositora em Caracas que terminou em confusão, com o balanço de 19 feridos e 30 presos.

Nesta sexta-feira foi realizado um protesto no local para condenar a ação.

O defensor público, Tareck William Saab, anunciou na quinta-feira no Twitter que conversou com o ministro do Interior e da Justiça, Néstor Reverol, para garantir que a morte de Ortiz não fique impune.

A oposição, que denuncia uma forte "repressão" a suas manifestações, condenou o ocorrido. O ex-candidato à presidência Henrique Capriles, governador de Miranda, responsabilizou Reverol poder ordenar a repressão "sem se importar com vidas".

A oposição protestava na quinta-feira contra as decisões com as quais o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) assumiu brevemente as competências do Parlamento, de maioria opositora.

Depois que policiais e militares impediram que os adversários de Maduro protestassem até a Defensoria, ocorreram problemas em diferentes pontos da cidade.

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