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Promotoria se opõe a condenação leve para Pistorius

Promotoria se opôs a uma condenação leve para o atleta, acusado de homicídio culposo contra sua namorada

O atleta sul-africano Oscar Pistorius e o irmão (ao fundo), no tribunal de Pretória (Herman Verwey/AFP)

O atleta sul-africano Oscar Pistorius e o irmão (ao fundo), no tribunal de Pretória (Herman Verwey/AFP)

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2014 às 11h18.

Pretória - A promotoria se opôs nesta terça-feira a uma condenação leve para Oscar Pistorius, no tribunal que deve fixar a pena do atleta sul-africano, acusado de homicídio culposo contra sua namorada.

Na segunda-feira, um especialista penitenciário sugeriu condenar o atleta a três anos de trabalhos de interesse geral e de prisão domiciliar, o que provocou a indignação da promotoria e dos familiares das vítimas.

O promotor Gerrie Nel minimizou inclusive o compromisso de Pistorius com as crianças com deficiência física, em sua tentativa de convencer o tribunal de que o réu merece ir para a prisão.

Para um atleta, "não é nada original (este tipo de compromissos)", defendeu, durante o contra-interrogatório do agente do atleta, Pete Van Zyl.

"É simplesmente uma etapa em sua carreira (...)", acrescentou, sugerindo que seus trabalhos solidários só respondiam a uma vontade de alcançar a fama e agradar seus patrocinadores.

"Acredito que muitos atletas querem dar sua contribuição e mudar as coisas", respondeu Van Zyl.

Perguntado sobre a vontade do atleta paralímpico de retornar a competir, seu agente disse desconhecer a resposta, mas não a descartou.

"Não falei sobre isso com ele", ressaltou, informando que dependeria do processo.

Van Zyl tentou reabilitar na segunda-feira Pistorius, mencionando sua vontade de ajudar a melhorar a vida das crianças que, como ele, nasceram com uma grave deficiência física.

O atleta, que nasceu sem os perônios, precisou ser amputado aos 11 meses e passou a utilizar próteses. Ele se preparava para lançar sua própria fundação quando matou sua namorada, Reeva Steenkamp, que passava a noite de São Valentim em sua casa em 2013.

Em setembro foi considerado culpado de homicídio culposo, já que a juíza considerou que havia sido imprudente, mas que sua intenção homicida não podia ser demonstrada.

O atleta sempre alegou que abriu fogo contra Reeva através da porta fechada do banheiro acreditando que se tratava de um ladrão.

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