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Promotoria rejeita investigar Bush por torturas em Guantánamo

O órgão apura torturas denunciadas por vários prisioneiros espanhóis detidos na base americana

Para a Promotoria, "neste momento a investigação não forneceu os elementos necessários para identificar os supostos responsáveis pelas lesões sofridas" (Virginie Montet/AFP)

Para a Promotoria, "neste momento a investigação não forneceu os elementos necessários para identificar os supostos responsáveis pelas lesões sofridas" (Virginie Montet/AFP)

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Da Redação

Publicado em 21 de março de 2012 às 20h12.

Madri - A Promotoria da Espanha rejeitou investigar o ex-presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, pelas torturas denunciadas por vários prisioneiros espanhóis detidos na base americana de Guantánamo.

O promotor Pedro Martínez afirmou que por enquanto não existe nenhum elemento que permita identificar os responsáveis pelos crimes, segundo uma nota divulgada nesta quarta-feira pelo juiz Pablo Ruz.

Este magistrado reativou no último dia 13 de janeiro a causa, aberta há quase três anos pelo espanhol Hamed Abderrahman Ahmed e pelo marroquino residente na Espanha Lahcen Ikassrien, que estiveram detidos em Guantánamo, contra Bush e outros altos funcionários americanos.

Entre eles estão o ex-vice-presidente Dick Cheney, o ex-secretário de Estado de Defesa Donald Rumsfeld e os generais Michael Lehner e Geoffrey Miller, responsáveis por esse campo de detenção localizado em Cuba.

No entanto, para a Promotoria 'neste momento a investigação não forneceu os elementos necessários para identificar os supostos responsáveis pelas lesões sofridas pelos querelantes'.

À mesma causa se juntaram posteriormente Abdul Latif Al Banna e Omar Deghayes, que também permaneceram detidos em Guantánamo.

O juiz Ruz concordou em reabrir o caso diante da 'absoluta' falta de resposta a seus requerimentos de informação enviados às autoridades dos EUA e do Reino Unido para saber se estão investigando os fatos.

Segundo o juiz, os fatos denunciados podem ser constitutivos dos crimes de tortura e contra a integridade moral e de outros contra as pessoas e bens protegidos em caso de conflito armado (crimes de guerra). 

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