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Promotoria investiga suposta violação em caso ligado a Hollande

O inquérito pode ser constrangedor para Hollande, dias antes do seu possível anúncio sobre se vai se candidatar ou não a um segundo mandato

Hollande: a investigação é relacionada a um artigo publicado no jornal Le Monde em agosto no qual dois repórteres contam sobre um encontro com Hollande 3 anos antes (Benoit Tessier / Reuters)

Hollande: a investigação é relacionada a um artigo publicado no jornal Le Monde em agosto no qual dois repórteres contam sobre um encontro com Hollande 3 anos antes (Benoit Tessier / Reuters)

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Reuters

Publicado em 21 de novembro de 2016 às 22h05.

Paris - A Promotoria de Paris disse nesta segunda-feira que abriu uma investigação para determinar se documentos deixados sobre a mesa do presidente François Hollande na frente de jornalistas representavam uma violação da segurança nacional.

O inquérito pode ser constrangedor para Hollande, dias antes do seu possível anúncio sobre se vai se candidatar ou não a um segundo mandato nas eleições presidenciais do ano que vem.

A investigação é relacionada a um artigo publicado no jornal Le Monde em 24 de agosto no qual dois repórteres contam sobre um encontro com Hollande três anos antes, quando o presidente esperava o colega norte-americano, Barack Obama, decidir se iria lançar ataques aéreos na Síria.

O artigo foi depois publicado num livro dos repórteres, cobrindo o período de abril de 2012 a julho de 2016, quando eles se encontraram com Hollande cerca de 60 vezes.

Eles descrevem que estiveram no escritório de Hollande com arquivos e documentos com o selo "confidencial" sobre a mesa dele.

"Hollande consulta um (documento) em particular. Nós conseguimos uma cópia. Escrito no dia anterior, 29 de agosto, pelo seu chefe de gabinete. O texto detalha o cronograma do ataque (francês). É o vade-mécum da intervenção francesa", diz o artigo.

Os jornalistas não disseram como obtiveram a cópia.

Eles publicaram trechos do documento em questão com detalhes da operação em que caças da base francesa em Abu Dhabi lançariam mísseis em bases sírias, se Hollande desse o sinal verde.

A operação não foi realizada, pois Obama acabou decidindo não fazer os ataques.

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