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Promotor pede prisão mínima de 15 anos para Pistorius

Pistorius matou sua namorada com quatro tiros através da porta do banheiro de sua casa de Pretória, na madrugada de 14 de fevereiro de 2013


	Pistorius: o esportista matou sua namorada com quatro tiros através da porta do banheiro de sua casa de Pretória, na madrugada de 14 de fevereiro de 2013
 (Alon Skuy / Reuters)

Pistorius: o esportista matou sua namorada com quatro tiros através da porta do banheiro de sua casa de Pretória, na madrugada de 14 de fevereiro de 2013 (Alon Skuy / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 15 de junho de 2016 às 11h59.

Pretória - A Promotoria sul-africana pediu nesta quarta-feira uma pena mínima de 15 anos de prisão para o atleta Oscar Pistorius, que foi declarado culpado em dezembro pelo assassinato de sua namorada, a modelo Reeva Steenkamp.

O pedido do promotor pôs fim à audiência realizada nesta semana no Tribunal Superior de Pretória para determinar a pena do atleta, que solicitou que sua condenação seja revertida em trabalhos sociais.

Após ter escutado os argumentos de ambas as partes, a juíza anunciou que divulgará sua decisão em 6 de julho.

"Pedimos um mínimo de 15 anos", disse o promotor Gerrie Nel no final de seu discurso, que ressaltou que as circunstâncias pessoais do acusado não devem influenciar na hora de decidir a pena.

Por sua vez, o advogado da defesa, Barry Roux, apelou que Pistorius já passou um ano detido para pedir que não volte à prisão, além de assegurar que está reabilitado e uma detenção não faria mais do que "destruí-lo".

Pistorius matou sua namorada com quatro tiros através da porta do banheiro de sua casa de Pretória, na madrugada de 14 de fevereiro de 2013.

O esportista garantiu ter disparado ao confundí-la com um ladrão.

O Tribunal Superior lhe condenou em outubro de 2015 a cinco anos de prisão por homicídio, mas a Suprema Corte de Apelação revogou o veredicto e o declarou culpado por assassinato ao considerar que teve intenção de matar a pessoa que estava no vaso sanitário, mesmo sem saber de quem se tratava.

O atleta saiu de prisão menos de um ano depois por bom comportamento, e desde então permanece sob prisão domiciliar na mansão de sua família em Pretória.

A defesa pediu hoje à juíza que leve em conta a incapacidade do esportista -que tem as duas pernas amputadas por um problema genético- e a "depressão severa" que supostamente sofre.

O advogado da defesa afirmou que seu cliente já pagou por um crime que pôs fim à carreira esportiva e teve para ele graves consequências econômicas e psicológicas.

Por sua vez, o promotor ressaltou que a condenação a Pistorius deve refletir a "gravidade" de sua ação e suas consequências para a vítima e sua família, assim como enviar uma mensagem à sociedade.EFE

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