Próxima audiência do processo está marcada para terça-feira (Allan Tannenbaum/AFP)
Da Redação
Publicado em 19 de agosto de 2011 às 12h35.
Nova York - O promotor que investiga o caso de Dominique Strauss-Kahn questiona se a camareira do hotel que acusou o ex-diretor gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) de ataque sexual buscou um acordo com financeira com ele em troca do arquivamento do processo, informam dois jornais americanos.
As conversas secretas em busca de um acordo aconteceram entre os advogados de Dominique Strauss-Kahn e de Nafissatou Diallo na última semana de junho, segundo o jornal Daily Beast, que cita fontes ligada ao caso.
O promotor Cyrus Vance pretende descobrir se o advogado da mulher propôs, durante as discussões, não cooperar com a investigação em troca do acordo econômico, completa o jornal.
Vance pediu a Kenneth Thompson, advogado de Diallo, o fornecimento de qualquer informação sobre as eventuais negociações, segundo o Wall Street Journal, que cita fontes não identificadas ligadas ao caso.
O escritório do promotor, procurado pela AFP, se recusou a fazer comentários.
Kenneth Thompson não foi encontrado para ser consultado.
As negociações, caso sejam confirmadas, representariam um novo golpe à credibilidade de Diallo, que acusou DSK de tentativa de estupro em uma suíte no hotel Sofitel de Manhattan em 14 de maio.
As novas revelações são feitas a poucos dias de uma nova audiência, programada para terça-feira em Nova York.
Strauss-Kahn se declarou inocente em 6 de junho de sete acusações, incluindo tentativa de estupro, relações sexuais ilícitas (sexo oral forçado) e sequestro.